"Não vivemos para sermos inúteis, vivemos para sentirmos o prazer das lições de serem aprendidas."

Quando Deus entra na vida de uma pessoa, não a cientista nenhum que possa dar a fórmula, Deus é paz, espirito. E hoje estou aqui sozinha, sentada na varanda da casa onde moro, onde o céu é o meu espetáculo. O azul turquesa puro sem uma nuvem, e ele para a sua companhia apenas o rei, o sol e eu. E assim nós três solitários, ficamos um a olhar para o outro, na disputa de quem é o mais forte, calculo que cada um tem o seu valor, como na beleza concedida para o nosso Deus, e assim não privando de tudo, que possa estar ao meu alcance. Os meus olhos foram convidados hoje nesta manhã, à presenciar este espetáculo da natureza, e como faltam alguns dias para o meu aniversário, onde irei completar a minha maioridade (risos). Os meus 60 anos nada como uma bela inspiração, para começar uma crônica, sobre este amor percorrido entre ser amada, respeitada e talvez até ridicularizada. Nestes anos, nesta reta da minha vida, fiz coisas que sabia fazer, talvez certas ou erradas, pois está foi à fórmula que Deus me fez. Talvez eu não precise mudar nada, porque a sensação que eu tenho, é em estar em paz com a vida, e se alguém perguntar para mim: “Gostaria de voltar ao passado?” eu diria que não... “Apenas quero guardar lembranças, pois é isto que minha alma pede”.

Ela toma as memórias e das formas, o que meu coração pede, as nossas memórias são partes de nós mesmos. Quando as recordamos, o nosso corpo se altera, ele ri, chora, brinca, sente saudades, medo, e muitas vezes quer voltar. Às vezes nem sabemos mesmos se foi daquele jeito mesmo, se o que recordamos é pura fantasia, que foi criada pela nossa alma. Mas para mim não importa, o importante é eu o revisitar, o meu passado, para recuperar o meu tempo perdido. E assim percebo que a minha memória não faz nenhum esforço, para contar histórias, coisas acontecidas de uma forma ordenada, pelos anos que já se passaram. Mas contar fatos que envolvem alguém é meio dificultoso, porque tem coisas passadas que pode remexer alguns detalhes, de lembranças da vida de uma pessoa que ela guarda, como um álbum de retratos, que diz respeito somente a ela. E assim muitas vezes eu não gosto de misturar, e sim... Somente coisas de rasas importâncias. Talvez então estás horas antigas que ficaram muito mais perto de mim, é uma espécie de lembranças, que podemos chamar de velhice.

E assim nesta ordem do tempo, nesta conexão, uma pós, outra, num sentido, que deu o principio, e agora o meio de fazer exatamente aquilo que sempre desejei... fazer, e não permitirei que o fim atrapalhe, interrompa esse meu jeito de escrever. Então quando a gente está com dor na alma, porque tudo que amamos, e tudo que é belo passa, está é a realidade, e assim a nossa vida flui e nada permanece, e não volta mais. E ai vem à tristeza da alma, e algum remédio é preciso, para não querer morrer. E ao compartilhar a minha tristeza com a fórmula que Deus me enviou, surgiu uma coisa maravilhosa, o sentimento de riqueza espiritual “a arte” e assim como um feitiço, tenta paralisar o crepúsculo dos meus dias, ele eterniza a beleza da arte que a natureza me oferece, ressuscita o meu passado, como, quando ouço uma música que serve de expiração para mim. Por muitas vezes a manhã era brilhante fresca inundada de alegria. Mas eu sentia que alguma coisa estava errada, e ia mergulhando no escuro da noite, e desta forma, por muitas vezes eu olhava o por do sol, e eu me sentia triste, e uma nostalgia, talvez porque o crepúsculo seja uma metáfora do que é a vida. E a minha vida, era assim, sem vontade de viver. E assim, com extrema delicadeza, despertei para o agora, e de uma forma diferente de muitas mulheres que chega aos 60 anos, e assim com um toque diferente com um desejo de viver nesta viagem, no tempo, e no espaço... Lanço o meu olhar, sobre uma saudade gostosa, com um pouco de nostalgia. E assim, recorro a minha memória, que chega ao meu coração, e aproveito está tarde linda de sol, por que nunca é tarde para isso. Aproveito este instante, e o valorizo cada minuto, enchendo de beleza e de verdade, e se eu pudesse voltar no tempo novamente, eu pergunto “para que?” Se tudo o que vivi... Já passou, hoje é só lembranças, a nossa vida é apenas feita de momentos. E hoje brincar com o desconhecido... É bem melhor. É como brincar, para eterna novidade do mundo, um mundo que para mim parece novo, diferente, que me desafia e me surpreende, fechado talvez, mas importante, porque hoje ele não me dá mais medo, ao contrário, me da uma sensação de espaço e de liberdade. O que me enche de alegria, é isto que sinto, como um poder mágico, de transformar daquilo que era nada, em algo que hoje é muito (mas o tempo é breve) não a tempo de parar, e atender a todos os convites da beleza nesta caminhada, que pena... “Há tantas coisas a serem vistas e escritas”... Como os desencontros da vida, com o que, eu só descobrisse o prazer da escrita e o gosto da vida. E a noite chega com o entardecer e já viram, cheguei aos 60 anos. E antes que se rompa os fios, quero viver desta forma, enquanto eu puder. Por que não quero ser colocada de lado como um objeto, sem uso a espera que a morte venha me colocar. Hoje meus olhos se abriram mais. Olho tudo, e é tudo lindo, posso passear pelos jardins, e as delicias dos ventos sentir. E também como o perfume das flores. E a nossa vida começa, justamente com o advento da imortalidade, uma vez sem o que fazer, somos jogados fora. Mas o momento que chega a inutilidade, se da o inicio do prazer, estamos livres agora, para desfrutar da sabedoria que atinge está fase da vida. Já travei as batalhas que tinha que travar, não devo a ninguém, nem um minuto de minha vida, somente ao meu “Deus”

E porque razão o criador criou está formula humana “EU”. Foi justamente para que eu pudesse sentir as alegrias, quando chegasse o tempo do desfrute... E quando eu tiver 80 anos e qualquer coisa que eu fizer, seja um ponto, seja uma linha, terá vida. Porque nossa vida é eterna.

E assim ao chegar aos meus 60 anos, entrego-me sem sentir vergonha e sem sentimentos de culpa, vou aprender a andar, sem ter que chegar a lugar algum, simplesmente o delicioso mundo que me cerca. E assim continuar fazendo um turismo gratuito no tempo que me espera. Pois não é necessário dinheiro, é só imaginar, e se a morte chegar antes, não tem problema. Faça dela como fosse um amante, lhe de um abraço e um beijo e seguimos a nossa vida, no fundo o que eu desejava era a imortalidade. Mas não posso ter está herança, mas descubro ansiosa, que realmente o que desejo é deixar para os meus filhos e netos, uma herança onde coisas que deixei foram apenas às palavras, com o resto que sobrou de mim, nesta minha intimidade silenciosa, do meu sentimento de infância, de pequenos absurdos, que a capacidade de uma pequenina luz, que tem dentro de nós dá a esperança e essa coragem, diante do grau de medo. Mas que só restou eu sonhar na faculdade do “orgulho e da vaidade”

“E assim só resta com ou orgulho deixar aos meus filhos como herança: A minha imagem da “vela”, ou melhor, a “velha” (risos), que se queimou na solidão, no silêncio, sem se deixar perturbar pela loucura barulhenta e apressada dos jovens, “ a procura de ação e sucesso, ou algo, mais...” E assim tranquila e solitária, resta apenas este coração, que deixou como inventário, a sua declaração listada em um blog, como titulo “vovó melão....MX”

Uma herança que para muitos, parece não ter nenhum valor, mas para mim tem, envolve os meus sentimentos. E nestas crônicas transcrevo fragmentos de uma vida (a minha). “E assim onde tem um buraquinho por onde passa um barbante, que está amarrado ao trinco” “basta puxar o barbante do lado de fora, a porta se abre” E assim, qualquer pessoa do lado de fora, a qualquer hora pode entrar sem precisar bater. E assim como entretenimento literário, visita todo o tipo de pessoa, uma amiga que será para mim, sempre bem-vinda, mas a maioria desconhecida, e tem também algumas simpáticas, que mandam e-mails de elogios, mas mesmo se não houvesse nenhuma visita, eu iria continuar a escrever as minhas crônicas. Porque o saber, só precisa de um toque, e eu fui convidada para entrar na máquina do tempo. E minha máquina do tempo é feita com minha memória e palavras, e assim eu vou para o passado, presente, e talvez quem sabe, até para o futuro rsrsrsrs. Escrevendo as minhas memórias, eu levo outras a voar comigo. E assim muitas vezes volto ao tempo, para que ele não se perca. E como eu acredito que as palavras tem poder... Como os meus netos e filhos iriam experimentar, o meu mundo, se eles nunca haviam estado nele? Eles não viveram o que vivi em meu mundo. Apenas, parecido. Porque hoje são jovens, amanha serão velhos e também viajaram na sua máquina do tempo. O nosso passado é único, é como um tapete mágico, que nos leva o que é só nosso. Como uma grande gaiola, coberta com um pano preto, cheia de segredos. E assim posso dizer que: “Um passado que se compartilha... são um sacramento de solidariedade de ambas as partes”.

E quem se lembra do passado com emoção, nunca sentirá tedio no presente... E assim quando volto ao meu passado, uso palavras da gramática, e elas se põem a dançar de um jeito de fazer como uma língua “viva” porque este trabalho é preciso. E assim mumificando as palavras, e tentar dar sentido a cada uma delas, porque para que elas não se mexam. Para que o meu trabalho não fique inútil... Elas parecem crianças malcomportadas, não ficam quietas (risos).

Assim se rirem da minha gramática, riem desta, porque a vida não respeita as regras dos gramáticos: como alguém já ouviu pedir “me dá um pasteis...” será que ele não sabe que não é certo misturar o singular com o plural. Mas não tem jeito, o povo decretou, não tem jeito, muitos escrevem como se fala, eu mesmo, às vezes dou os meus deslizes, mas procuro corrigi-los. Mas não quero que o me leitor seja detalhista, finja que não viu, sinta a história, não seja professor de você mesmo, ninguém é perfeito, podem ter uma “cultura” que serve para tudo, como uma palavra “coringa.”.

Mas quando a idade chega, a nossa fala mansa, meio pastosa, os olhos que já não conseguem enxergar direito, e à palavra num simples papel talvez ate nossas mãos, não consiga mais rabiscar uma simples palavra. E ai meu leitor, o que aconteceu com a idade da pedra polida, a idade dos metais, a idade do ouro. E assim com clareza eu digo: Você está na roça! Porque a idade do pau chegou, agora nem pedra nem metal e será “pau pra toda obra.” E quando você falar assim “Ele pediu para mim ir lá.” Ou “Quero silêncio para mim dormir.” Alguém irá lembrar que você tem cultura, mas apenas está velho, não consegue similar o “certo do errado.” E assim com este conjunto de objetos espero conseguir que todos entendam, que a minha saudade veio muito tarde, não sofri com a mudança. Talvez ao escrever, eu esteja vivendo agora o que nunca vivi. E que a minha vida é um fato, e ela se encontrava ao fundo de um “castelo encantado.” No alto de uma colina, ela era maior do que tudo. E assim no silêncio, e fechada, como mistério, ela se abriu onde todos com a sua permissão, puderam visita-la. E dentro desta vida silenciosa perceberam que havia ali a graça do sentimento que ela inspira, e com a sua amizade quis compartilhar, e agora as sombras acabaram, e o que ficou foi o encanto, e como uma criança diante da esfinge se propôs a decifrar o mundo. Pena que a minha vida hoje esta tão curta. O dia esta acabando, e a noite chegando. No inicio desta crônica, e, eu quis me referir ao meu aniversário de 60 anos, mas com o andamento e o sentimento que foi me envolvendo, fugi um pouco do assunto, fui colocando lentamente um pouco de nostalgia, para que possam ler, e fiquem com a lembrança, de uma mulher, que um dia do ano de 2010 no dia 19 no mês de maio sem pensar, juntou em um canto da parede, as vassouras, os panos de chão, e se apresentar como “(Vovó Melão M.X) dando inicio a condição, que a encheu de impulso literário, como se estivesse apaixonada pela primeira vez.” Sentiu que aquela experiência linda e única, merecia serem transformados em série, sem se tornarem textos enjoativos. E o resultado foi este, fui capaz de escrever sobre mim, de uma forma comovedora e lúcida. E assim nesta condição de apaixonada pela literatura, que talvez aos olhos dos outros possa estar sendo ridículo. (Mas é coisa que não importa.) “Porque todas as cartas de amor são ridículas.” Obs: Nos velhos.

É ridículas para os que não estão apaixonados. Mas para mim é minha obra prima, literária que me faz fazer com emoção. E este domínio me leva a um grau superior. O da emoção. E ao escrever, eu percebo que coloco palavras como se eu estivesse conversando com um amigo, como querendo que eu o ajudasse, a colocar ordem em alguma coisa, sem eu intrometer, em sua vida e claro. E assim escrever me dá muita alegria, e hoje isto faz parte do meio dia-dia, alimenta minha alma, alimenta quem os anos já embranqueceram os cabelos e a memória que já se esvaindo, mas com a sensibilidade a flor da pele. Mas dei uma solução neste jogo de lembranças. Guardei-a numa caixa, amarrei-a com fita verde esperança. Um dia minha família meus herdeiros, amigos, talvez, irão abri-la, e comovidos irão perceber que o nosso amado parceiro e o outro degrau da vida.

E se alguém perguntar para mim hoje: "Está tudo bem?" eu digo: “Está tudo joia.” Sem contar com as bijuterias (risos). Tenho pressão alta, de vez em quando alguém me faz sair do meu limite, que me deixa mal humorada. Mas em contrapartida, sou alegre e bem-humorada, faço graça de coisa que não acho solução e sem deixar de contar das minhas boas qualidades físicas e da espiritual, que estrutura a minha vida. Então vocês perceberam, a minha vida está mais para jóia do que bijuteria (risos).

E assim recordo, sonho e a minha alma fantasia que será substância eterna. E o que não foi figuração no presente, me faz ser mais forte, e assim viver com está presença em mim, o que me falta “nada” por que o restante para mim é meditar nas coisas que fiz e que eu não fiz e poder com isto avaliar os quão importantes elas seriam, e serviram para mim.

Mas o que importa mesmo hoje neste momento são estas mensagens que deixo. Comemoro o meu aniversário com alegria. Porque pode ser que ninguem irá lembrar. Mas o prazer de ter escrito o que vai em meu coração, este foi o melhor presente, e está foi à razão de escrever, por que foi a forma de eu ser vista e ouvida. E assim pude anunciar para mais de 11 mil pessoas, como sou grandiosa e poderosa para mim mesmo, e a prova disto, é o que as fotos revelam (risos). E para terminar deixo está mensagem.

“Não vivemos para sermos inúteis, vivemos para sentirmos o prazer das lições de serem aprendidas.”

E em geral o que foi escrito neste blog, passara para as mãos daquele que continuarão a viver após a minha viajem. Porque estou a ponto de fazer 60 anos, muito embora completar mais um ano de vida é celebrar um desfazer, um tempo que deixou de ser não existe, fósforo que uma vez riscado, não acenderá mais é este ritual de soprar velas a cada ano de vida, é um símbolo quando acesa, é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte. E se houve sofrimentos no meu caminho, imagino se não tivesse tido, talvez... Não estaria sendo ouvida. E se hoje estou aqui na internet, são por causa dos caminhos e descaminhos que percorri. E se estou aqui onde estou, foi porque todos os meus planos não deram certo. As pontes que eu ia construindo se ruía uma após outra. E então fui obrigada a procurar outros caminhos, talvez pensados ou não, e confesso que por muitas vezes sem vontade própria escorreguei muitas vezes, mas a vida foi me empurrando, e assim obrigada a fazer o que eu não queria. Confesso também, que nunca me senti sozinha, mas sofria a dor da solidão. Mas foi este espaço de solidão na minha alma que me fez pensar coisas, que de outra forma, eu não teria pensado. E assim comecei a fazer crônicas, se baseando em minha vida, com ajuda de meus netos. Mas modéstia parte acha que tinha uma escritora que morava dentro de mim. E este especial que escrevi, não preparei nada, foi tudo por impulso, mas foi ótimo, tive mais tempo para pensar. E nestes anos percorridos plantei árvores, cuidei do jardim da minha casa, do meu esposo, tive filhos, netos, cachorros, papagaio e outras coisas mais... E hoje o que é mais importante para mim é ter um Deus e as minhas crônicas. E que mais posso desejar? E se me fosse permitido viver minha vida novamente, eu a viveria como a vivi. Porque estou feliz onde estou.

Vovó Melão.

Madame X

Nonna Melone

Granne melone

Melanzoka

19-08-2011e

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Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 22/04/2012
Reeditado em 24/04/2012
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