O DÉCIMO QUARTO DIA COM OS AMIGOS - “ ARTESANATO DE PARNAIBA _ COOPERATIVA ARTESANAL” – PARTE 21.

No café da manhã de hoje meus amigos me indagaram sobre a Lagoa do Bebedouro. Procurando pelas belezas do Piauí e especialmente de Parnaíba, eles encontraram na internet um portal com fotos da Lagoa do Bebedouro e me fizeram inúmeras indagações sobre ela.

Fiz a seguinte explanação. A Lagoa do Bebedouro fica no Bairro São Vicente de Paula e é um local de rara beleza que poderia ser bastante explorada e mostrada aos turistas como um cartão postal. Assim como os cariocas se orgulham da Lagoa Rodrigo de Freitas e os baianos da Lagoa do Abaeté, os parnaibanos contam com um presente da natureza de beleza ímpar. Há algum tempo ao seu redor existia um calçadão onde as pessoas caminhavam, praticavam esportes, pescavam sendo até fonte de sobrevivência para os moradores do local. Infelizmente do calçadão só existe restos, os pescadores não se atrevem mais praticar a pesca porque afirmam que na lagoa tem cobra, jacaré e capivara dentre outros bichos.

Em 02 de abril de 2011, o governo autorizou a prefeitura a executar obra de revitalização da Lagoa do Bebedouro, incluindo a reconstrução da via de pedestres no entorno da Lagoa do Bebedouro, nos bairros Santa Luzia e São Vicente de Paula. A autorização foi dada pelo Ministério do Planejamento, por meio da Superintendência do Patrimônio da União no Piauí, e publicada no Diário Oficial. Essa notícia está no portal http://www.agenciadoradio.com.br/noticia.phpcodigo_noticia=MPLA110189 de 25 de abril de 2012 postados as 22horas e 24 minutos. Esperamos que a Prefeitura tome as devidas providencias porque isso trará grandes benefícios a comunidade e será devolvido a cidade de Parnaíba o cartão postal que já foi exibido com orgulho aos turistas em épocas passadas.

Dada as devidas explicações acerca da Lagoa do Bebedouro, o nosso destino foi o centro da cidade, para visitarmos a Cooperativa Artesanal de Parnaíba, que fica na Rua Pedro II, 1140. A Cooperativa funciona num casarão antigo de dois andares, com grades de ferro bordadas nas sacadas, todo de assoalho, a escadaria de madeira e portas pesadas, com almofadas em alto relevo. O prédio em si, já é uma verdadeira obra de arte. Os trabalhos artesanais que estão dentro desse casarão são belíssimos e de alta qualidade. Tanto é que tem conquistado clientes no mercado nacional e internacional através de sua divulgação nas feiras.

A matéria prima usada nos trabalhos é oriunda da própria região. Cestaria, trançados, bordados, cerâmica, são exemplos da diversidade e tipologia do artesanato local. Da carnaúba faz -se bolsas, móveis, porta – retratos, esteiras, cofos decorativos, ventarolas. Do sisal encontramos lindas toalhas, jogos americanos, carteiras, sacolas, chapéus. Da taboa faz- se tapetes, capacho, cestos, passadeiras. Do cipó de leite faz-se porta – revistas, cestos, peças para adornos, mandalas. Do couro os artesãos fazem cintos, carteiras, gibão, celas. A madeira os artistas transformam em Santos, bancos, molduras para espelho, baús, santuários. Da argila várias peças são feitas, entre elas belíssimas esculturas e vasos variados. Da palha da bananeira os artesãos fazem chinelos, mandalas, cestos. O tecido as artesãs bordam, enfeitam com bico de crochê e transformam em ricas obras de artes, como toalhas, caminhos de mesa, guardanapos, blusas entre outras peças.

O artesanato parnaibano está anualmente presente nas seguintes feiras: Mão de Minas em Belo - Horizonte, Fenearte em Recife, Piauí Sampa em São Paulo e em outras feiras nordestinas como a de Natal e a de Pedro II no Festival de Inverno.

A Cooperativa nasceu de um trabalho de 35 damas da sociedade de Parnaíba que desenvolveram um trabalho social voluntário com pessoas que não tinham nenhuma renda. Visitaram os bairros carentes de Parnaíba no sentido de amparar os artistas que não tinham como comercializar seus trabalhos. Primeiro elas orientaram na confecção dos produtos e depois procuram divulgar nas feiras do Brasil e até fora dele. O grupo cresceu e foi necessário fundar uma Cooperativa. Isso aconteceu no dia 22 de julho de 1968 e vem funcionando até hoje com núcleo de produção em vários bairros.

No Porto das Barcas também tem várias lojinhas com produtos artesanais. Desde o souvenir, pano de prato, chaveiro, de preço bem accessível até peças que chegam a custar mais de mil reais como esculturas e telas.

Meus amigos ficaram encantados com a criatividade e habilidade dos artesãos parnaibanos. Compraram várias peças e fotografaram outras porque nem tudo é possível levar.

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Parte 21 do Livro “O Quinto” que está em fase de produção e sendo transcrito para o Recanto na proporção que escrevo. “Visita a Piripiri” Será a – Parte 22.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 26/04/2012
Reeditado em 18/04/2020
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