Culpa: um saco de tijolos


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Um saco de tijolos “ad eternum”. Você carrega?
Consciência culpada. Situação comum atualmente, com tanta libertinagem, desrespeito, e atos inconcebíveis para quem esqueceu da Lei Cármica de Causa e Efeito (ou nunca soube que ela existe) e se sabe, prefere ignorar para atender a instintos quase patéticos, de urgência descabida, e importância duvidosa. Merecedores de compaixão e que nos causam pesar.

Arthur Conan Doyle (autor das histórias de Sherlock Holmes) descobriu isso de uma maneira bem peculiar. Um dia ele decidiu fazer uma brincadeira com 12 de seus amigos. Enviou-lhes uma mensagem que dizia: "Fuja depressa. Foi tudo descoberto." Dentro de 24 horas, todos os seus 12 amigos haviam deixado o país. Isto é que é ter uma consciência culpada. Foi apenas uma brincadeira. Nada fora realmente descoberto, mas essas pessoas se sentiam tão culpadas de algo que saíram do país o mais rápido que puderam.

A culpa, no entanto, pode atuar como um sistema de alarme do nosso Self para nos alertar e prevenir sobre alguns problemas resultantes dos nossos atos. Quando se está prestes a fazer algo e o quer fazer “a todo preço” e “a qualquer custo”, a consciência mostra-se presente questionando severamente: há verdade? Traria felicidade para todos? Gostaria que fizessem com você? O Ego responde à sua maneira. Depois, um dia, dois meses, talvez dois anos, ou mais tarde, a pessoa jovem ou velha (estados relativos porque você pode ser jovem e possuir teias de aranhas na mente e no espírito, ou pode ser velhinha e desdobrar-se como flor em juventude), sente-se cutucada por ela, a Culpa, um saco de tijolos sobre as costas, e passa a sofrer, perder a confiança do parceiro, dos filhos, dos amigos e daquele que é O Maior.
Ou não.
Uma atitude  que exige humildade, despojamento e coragem é largar no meio do caminho o saco de tijolos. Os ombros vão estar calejados com nódulos invisíveis; o coração encontra-se destroçado, envergonhado, arrependido;  o corpo emocional cheio de feridas escuras, marrons e negras, empetrecendo a aura; Vai doer, mas é possível. A bagagem é desnecessária, mas nem todos reconhecem. No último suspiro em estretor, uma pergunta: Você me perdoa?
Coro de anjos, flashes de luz, eflúvios de paz. Serenidade. Promessa de Nirvana, Paraiso, Vivenda da Paz  e Luz espiritual.
Que podia ter acontecido bem antes, é verdade;, mas a vaidade, ignorância e orgulho foram mais fortes que a sensatez, prudência e sabedoria.

Tudo depende da resposta verdadeira às três perguntas que mencionei há pouco, lá em cima, se é que me fiz entender.