Os limites da sinceridade.
Tenho notado que as mulheres ao completarem 60 anos gostam de dizer a sua idade e, adoram contar histórias de quando eram crianças.
Aposto que aqueles e-mails de propagandas antigas e outras “recordações” foram formatados por gente de sessenta anos.
Ontem uma delas, e hoje outra sem mais nem menos me disse: “Estou com sessenta anos”.
Ambas loiras e magras.
Em silêncio passei observá-las. O que será que elas estão comemorando?
Ônibus gratuito, atendimento preferencial em filas, poder trocar a cor dos cabelos uma vez por mês, a viuvez ou finalmente terem se tornado sex?
Gostaria de ter dito que provavelmente elas adorariam ouvir: -Nossa, como você está bem! Mas não seria honesto...
Tenho uma amiga muito inteligente que quando tinha um pouco mais de 65, me fez um pedido:
“Você é uma amiga sincera. Quero lhe pedir um favor: se um dia você me vir usando alguma coisa que não fique bem para uma mulher da minha idade, promete me dar um toque?”
É interessante que raramente presto atenção ao que ela usa, mas não perco nenhuma de suas palavras. Algumas de suas idéias eu levei anos pra reconhecer serem verdades. Outras ainda hoje não concordo; porém a nossa amizade supera as nossas diferenças de opinião.