O VIGÉSIMO OITAVO DIA COM OS AMIGOS - “FLORIANO ” – PARTE 35

Nessa manhã em que meus amigos completam 28 dias no Piauí eles já estão com saudades de casa apesar de estarem gostando muito desse inesquecível passeio, conforme dizem eles. A bagagem cada dia aumenta. Eles estão levando do caju, a cajuína e a castanha, levam também a cachaça Lira de Amarante, carne seca e a paçoca feita no pilão de madeira de Campo Maior, as rendas da Ilha Grande do Piauí e muitos outros produtos artesanais e receitas da nossa rica gastronomia.

Dei de lembrança para cada um a bandeira do Piauí em miniatura. Eles pediram para eu explicar o significado das cores e da data. Para começar informei que ela foi oficializada pela lei número 1.050 de 24.07.192 e está dividida em treze faixas, sendo sete verdes e seis amarelas. O verde representa a esperança e o amarelo a riqueza mineral do nosso país. No canto superior esquerdo o retângulo azul representa o nosso céu de anil, cravado em seu centro uma estrela branca de cinco pontas representado o Piauí. A data de 13 de março de 1823 abaixo da estrela foi inserida pela lei número 5.507 de 17 de novembro de 2005 de autoria do então Deputado Homero Castelo Branco, atendendo sugestão do escritor e historiador Adrião Neto. Foi na data de 13 de março de 1823 que se deu a sangrenta Batalha do Jenipapo na cidade de Campo Maior, pela Independência do Brasil.

Hoje visitaremos a cidade de Floriano conforme nosso cronograma. Se ela não ficasse tão distante de Parnaíba levaria meus amigos para conhecer ao vivo esse município Piauiense que se destaca economicamente dentro do Estado e é chamada “Princesa do Sul”. Para não percorrermos os 564 km, que separa Parnaíba de Floriano, assistimos um vídeo, que mostrou a influência árabe em sua cultura, em virtude dos sírios que lá se estabeleceram em 1889 desenvolvendo o comércio local e deixando suas marcas na culinária e na arquitetura da cidade.

Quem visita Floriano não pode deixar de fazer um passeio de barco no Rio Parnaíba e de fazer o Roteiro das Mangas. O Povoado das Manga fica a 41 km do Centro da cidade e lá se encontra um balneário com águas transparentes e praias fluviais de areias brancas. Também não pode deixar de conhecer o Espaço Cultural Maria Bonita, os Casarios Árabes, o Espaço Cultural Christino Castro e o Espaço Cultural Theodoro Ferreira Sobral.

Meus amigos ficaram encantados com o Museu do Automóvel que expõe em seus 288 metros quadrados vários tipos de transportes antigos: bicicletas, caminhões, automóveis, além de revistas, acessórios e fotos de carros.

Floriano também é uma cidade religiosa o que pode ser comprovada com a quantidade de igrejas. A Capela de Nossa Senhora da Conceição construída em 1861 foi o primeiro templo católico da região, a Igreja Matriz de São Pedro de Alcântra, a Capela do Padre Pio de Pieltrecina e o Mosteiro das Monjas Concepcionistas fazem parte do roteiro religioso nos passeios turísticos da cidade.

A Princesa do Sul atrai turistas, nas festas de Exposição Agropecuárias, nas Vaquejadas e principalmente na época de carnaval. Dizem que lá acontece a maior festa carnavalesca daquela região. O vídeo mostrou os foliões no cais do porto embalados ao som de trios – elétricos durante as quatro noites de folia. A Beira – Rio é o “point” da cidade, com muitos bares oferecendo entretenimento aos nativos e turistas.

Outro destaque da cidade de Floriano é a Academia de Letras e Belas –Artes - ALBEARTES que promove atividades culturais através de seus membros, renomados cronistas, romancistas, poetas, compositoras e cantores.

O vídeo mostrou alguns eventos tradicionais de Floriano, entre eles a Regata de Canoas a Vela que acontece sempre no mês de julho e as festas folclóricas oriundas da cultura indígena, negra e portuguesa que pertencem ao calendário junino. Na próxima viagem, quem sabe, levarei meus amigos para pisarem ao solo da terra florianense.

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Parte 35 do Livro “O Quinto” que está em fase de produção e sendo transcrito para o Recanto na proporção que escrevo. Parte 36 - “ Oeiras ”.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 10/06/2012
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