Mulher x sofrimento ainda nos tempos de hoje
Mulher x sofrimento ainda nos tempos de hoje
Hoje fui à clínica que faço fisioterapia as segundas, quartas e sextas. Ao chegar adentrei a me inscrevi no horário.
Estava tentando ligar para outra clínica e pra isso saí para frente para ligar. Percebi uma senhora preocupada e sozinha, flou inclusive que estava com frio e que o sol estava bom. Não consegui ligar, voltei a entrar.
Logo depois voltei a ligar e a senhora lá estava, parecia bem aflita. Aproximei-me e falei: realmente o sol é que nos transmite a vitamina D. Ela afirmou que sim. Começamos uma conversa quando percebemos que éramos conterrâneas e começamos a lembrar que nos conhecíamos. Disse a ela de quem era filha, e ela imediatamente falou que minha mãe costurava roupas para a mãe dela. Ela começou a dizer que havia perdido sua mãe há exatos seis meses.
Comecei a lhe dizer que para o cristão, pois ela já foi dizendo ser evangélica, temos que acreditar que a morte é uma passagem e que voltamos para Deus conforme nossa crença. Ela confirmou, mas ao mesmo tempo falou da saudade que é muito grande. Enfim, começou a desabafar sobre o filho que estava no carro a esperando, o mesmo é complicado e está no maior mau humor e veio trazê-la com muita raiva. E ela chorava, as lágrimas saiam com uma facilidade impressionante.
Aí perguntei pelo esposo, inclusive é um famoso locutor esportivo de uma emissora da capital. Nossa, as lágrima jorraram de forma copiosa. Falou que estão separados há um bom tempo e que vive numa casa grande e confortável, mas é apenas uma pessoa que administra as compras e ajuda a empregada que ganha menos do que o salário. E que o marido a trata de forma desprezível sempre. Teve dois filhos, um dar toda assistência a ela, mas está casado. Este que a trouxe, casou e separou, vive dentro de casa. Trata-a com o maior desprezo.
Fiquei muito preocupada e me propus a conversar com ela pelo telefone no intuito de fortalecê-la ou quem sabe ouvi-la, já era muito bom para a situação que vive.
Ela estava indo para um neurologista, fui até previsível e lhe falei: você precisa é de um psiquiatra e psicólogo e de tomar uma atitude na vida. Mas a decisão claro, é dela.
Tudo isso para dizer que no silencio das residências ainda se encontram mulheres que são escravizadas e não conseguem reagir. Uma coisa ela me disse ainda se sentindo culpada, por não ter estudado para ter uma profissão. Falei você não é culpada de nada, você é uma vitima que precisa resolver antes que seja tarde demais.
Sinceramente ainda não consegui me desvencilhar do desabafo daquela mulher tão sofrida e sem a menor força para reagir a tamanha situação. Em pleno século vinte um, ainda é possível se contar histórias de vida deste tipo. É uma pena.
Imagem do Google...
Mulher x sofrimento ainda nos tempos de hoje
Hoje fui à clínica que faço fisioterapia as segundas, quartas e sextas. Ao chegar adentrei a me inscrevi no horário.
Estava tentando ligar para outra clínica e pra isso saí para frente para ligar. Percebi uma senhora preocupada e sozinha, flou inclusive que estava com frio e que o sol estava bom. Não consegui ligar, voltei a entrar.
Logo depois voltei a ligar e a senhora lá estava, parecia bem aflita. Aproximei-me e falei: realmente o sol é que nos transmite a vitamina D. Ela afirmou que sim. Começamos uma conversa quando percebemos que éramos conterrâneas e começamos a lembrar que nos conhecíamos. Disse a ela de quem era filha, e ela imediatamente falou que minha mãe costurava roupas para a mãe dela. Ela começou a dizer que havia perdido sua mãe há exatos seis meses.
Comecei a lhe dizer que para o cristão, pois ela já foi dizendo ser evangélica, temos que acreditar que a morte é uma passagem e que voltamos para Deus conforme nossa crença. Ela confirmou, mas ao mesmo tempo falou da saudade que é muito grande. Enfim, começou a desabafar sobre o filho que estava no carro a esperando, o mesmo é complicado e está no maior mau humor e veio trazê-la com muita raiva. E ela chorava, as lágrimas saiam com uma facilidade impressionante.
Aí perguntei pelo esposo, inclusive é um famoso locutor esportivo de uma emissora da capital. Nossa, as lágrima jorraram de forma copiosa. Falou que estão separados há um bom tempo e que vive numa casa grande e confortável, mas é apenas uma pessoa que administra as compras e ajuda a empregada que ganha menos do que o salário. E que o marido a trata de forma desprezível sempre. Teve dois filhos, um dar toda assistência a ela, mas está casado. Este que a trouxe, casou e separou, vive dentro de casa. Trata-a com o maior desprezo.
Fiquei muito preocupada e me propus a conversar com ela pelo telefone no intuito de fortalecê-la ou quem sabe ouvi-la, já era muito bom para a situação que vive.
Ela estava indo para um neurologista, fui até previsível e lhe falei: você precisa é de um psiquiatra e psicólogo e de tomar uma atitude na vida. Mas a decisão claro, é dela.
Tudo isso para dizer que no silencio das residências ainda se encontram mulheres que são escravizadas e não conseguem reagir. Uma coisa ela me disse ainda se sentindo culpada, por não ter estudado para ter uma profissão. Falei você não é culpada de nada, você é uma vitima que precisa resolver antes que seja tarde demais.
Sinceramente ainda não consegui me desvencilhar do desabafo daquela mulher tão sofrida e sem a menor força para reagir a tamanha situação. Em pleno século vinte um, ainda é possível se contar histórias de vida deste tipo. É uma pena.
Imagem do Google...