O Mundo Não Gira. Ele Capota!

Descobri algo que pra me tornou-se a frase mais certa dos últimos tempos: “O mundo não gira, ele capota”.

Quando ouvi essa frase tentei por diversas vezes encontrar algo que encaixasse em alguma de minhas crônicas e nada me veio à cabeça. Então deixei a frase de lado, até que hoje tive um estalo e a frase surgiu em minha memória: “O mundo não gira, ele capota!”.

Quantas são as vezes que nos pegamos lamentando, chorando, entrando em uma falsa depressão (criada por nossa fútil cabeça) por causa de algo que não deu certo, mas mesmo assim queríamos por que queríamos que desse certo. Afinal, era nosso plano de vida, de carreira, de status...

Demoramos pra nos adaptar, mas conseguimos. Vamos vivendo, crescendo, curtindo, amando, chorando, nos perdendo e nos encontrando por todas as fases sucessivas ao acontecimento. Depois de nos moldar a nossa nova situação paramos e pensamos: “Meu Deus! Como pude querer tanto ‘aquilo’ pra minha vida?”. Damos uma risada do pensamento e seguimos sorrindo alegremente sobre o chão de tijolos dourados.

Tudo continua perfeitamente em nosso viver, até o passado (que até então estava morto e enterrado), surge para nos dar um susto. Sorrateiro e se achando o “Dono da Situação” ele vem como quem não quer nada, dar-nos o ar de sua graça.

Graça? Que graça?

Passado ruim é sem graça, uma desgraça e não queremos nem de graça.

Por certo período nos deixamos intimidar, até descobrirmos que ELE (o passado) tem mais histórias pra contar do que nossa vã filosofia conhece, e que ele nem imagina que nós sabemos de cor e salteado.

Ai é nossa vez de ficarmos por cima da carne seca, mas se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro.

Lembramos então da importância da discrição neste momento (ninguém precisa desenterrar defunto nenhum). Se o passado virou uma fofoca, não o passe adiante. Sobretudo, cuidado com o que vamos dizer e para quem dizer. Ao falar demais, podemos iniciar um redemoinho fofoqueiro que nos prejudicará enormemente. Principalmente com o passado (agora não precisamos dele, mas quem sabe no futuro...). Cuidado, pois! Neste momento, deve-se ter o máximo de discrição a fim de saber o que deve ser dito e o que deve ser guardado em reserva.

Procure dar o exemplo. Seja superior ainda que você venha a ter todas as tentações do mundo para colocar a boca no trombone.