Os relacionamentos interpessoais e os seus "poréns"

Um relacionamento, seja ele qual for - de amizade, aliança, namoro ou união -, pode ter seus percalços. Mas a sua unidade mantém-se inquebrantável. Há pessoas que desejam o fim de tal unidade - seja de forma sutil e velada ou com o uso de expedientes, no sentindo de estragar ou erodir o que sempre houve e ainda há de mais lindo neste relacionamento.

Telefonemas, fofocas, uso inconveniente das redes sociais, arquitetação de maldades, cooptações... enfim.

Uma gama de ações que, por trás de uma "postura altruísta", esconde valores pífios como a covardia, a mediocridade, a incoerência, a pusilanimidade e a falta de coragem para tal. Inclusive de falar a verdade, de forma aberta, para ambas as pessoas - seja na aliança política, nos relacionamentos interpessoais de amizade e de amor.

Mas a vida, enquanto vida, tem destes percalços. Quem é maduro o suficiente faz destes percalços o primeiro passo para o amadurecimento e ao enfrentamento mais digno da vida, olhando para frente, com postura altaneira e visionária. Não perde tempo, olhando para a vida privada de terceiros, como se nela a sua vida estivesse em jogo.

Uma pessoa madura pensa no melhor para si e para a sociedade. Não perde o seu tempo em assuntos comezinhos. Pensa no mundo. Pensa no seu país. Pensa no seu povo. Pensa em transformar a realidade dos seus, a partir de pequenas atitudes práticas, mas que reverberam no bem-estar da sociedade, em um postura digna, altruística e que não só surtirá efeito para si próprio, mas para a posteridade.

Mas como mencionar em posteridade para os que, com visão diminuta, perdem o seu parco tempo para a vida de terceiros? Para os que, com visão comezinha, olham egoisticamente demais para si e não vislumbra uma sociedade, ao menos, mais digna? Justamente aqueles que fazem de sua vida (se é que podemos chamar de "vida") a redução limitada daquilo que poderiam ser, mas que se recusam a fazê-lo?

Vale à pena refletir. E reflexão não se faz meramente por fazê-lo. Porém, com profunda coragem e autocrítica - algo, por sinal, tão raro e difícil nos nossos dias turbulentos.