Freelancer Amigo

Um dia desses em um encontro de amigos na casa da Carla, eu e mais alguns cúmplices comentavam como existe gente que nasceu para ser intitulada de Freelancer e o pior, “Freelancer Amigo”.

Eu consigo enxergar vários a minha volta durante todo dia, semanas e até durante o ano todo. Porém vou me atentar a escrever apenas ao tipo de freelancer amigo existente por aí.

A expressão “Freelancer” vem desde os tempos medievais e era direcionada aquele que se colocava a serviço dos ricos comerciantes que lhes pagassem mais para guerrear. Com o tempo, o termo passou a ser empregado a certos tipos de Jornalistas, e assim é, com determinado amigos nossos.

O Freelancer amigo tem horários flexíveis para todos. Disponível para aquele que melhor lhe der algo em troca, pode ser de um bom status a um bom par de ingressos para a turnê da Madonna. Está sempre envolvido e sabendo de todas as brigas, confusões e desentendimentos que acontecem na sua relação e na de seu parceiro – afinal, ele é seu amigo e precisa lhe ajudar. Persuasivo por si só (e como ninguém) ele é capaz de lhe convencer a ir aquela festinha clandestina na qual sua namorada acredita ser o sono dos seus sonhos. Boa praça, o sorriso do freelancer amigo é encantador. Terá tempos que ele estará grudado em você como pulga em cão, mas em outros tempos irá lembrar-se de você como chuva no sertão.

O bom do Freelancer amigo é que você ao lado dele, poderá rir e se divertir em momentos determinados – muitos deles quando ele começar a falar mal daquele seu outro amigo. Um dos maus do freelancer amigo é isso: ele não consegue diferenciar o fato ‘rir de você’ de ‘rir com você’. Pra ele é tudo a mesma coisa.

O bom do Freelancer é que ele nunca ficará desempregado, trabalho pra ele não falta: ele é animador infantil, redator das vidas dos outros, repórter de brigas de casais, designer dos sonhos perfeitos da relação dele, fotógrafo das festas onde não é convidado, programador de discursões entre amigos, gerente dos projetos pelo qual nunca conseguiu realizar e arquiteto do mal. Podemos até dizer que ele é um ilustrador da vergonha, diretor da arte cômica e por último tradutor de amizades. Tudo isso junto e misturado em uma pessoa só.

Com um currículo desses, você decide se contrata ou demite o seu FIEL “Freelancer Amigo”.

Diego Galdani
Enviado por Diego Galdani em 18/07/2012
Reeditado em 24/08/2012
Código do texto: T3784355
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