CAMINHOS DA VIDA

No percorrer de nossa vida vamos tendo várias perdas. Conforme vamos acrescentando mais anos em nossa idade, as perdas vão ficando mais sofridas.
Costumo chamar essas perdas de pedágios. Vamos crescendo, ficando adultos, chegamos à velhice e como disse, vamos pagando nossos pedágios.
Há perdas anunciadas. São aquelas em que pessoas que amamos, da família, amigos ou apenas conhecidos estão com doenças terminais.
Para essas perdas nós vamos nos preparando dia a dia, na esperança sempre que o quadro possa mudar, sonhamos com milagres, afinal DEUS existe.
Há aquelas que nos chegam se repente, sem aviso , sem estarmos preparadas para elas. Essas são as mais terríveis. Toda perda é ruim demais, mas sem estarmos psicológicamente preparadas para elas, quando somos tomadas pela surpresa, aí o sofrimento é bem maior.
Esses pedágios são os mais caros e vai de encontro a idade que já estamos.
Quando jovens, por sermos jovens, temos mais facilidade de aceitar  os pedágios a pagar, mas se já somos adultos, ficamos sofridos por conta de que pensamos em qual será nosso dia. Costuma ser assim, embora pessoalmente, eu não temo a morte.
Mas não é só a morte que nos faz pagar pedágio. Também somos atingidos na perda de algum amigo querido, por seu afastamento e quem sabe nós mesmos que tanto os queríamos é que fomos os culpados. Mais uma vez, o pedágio será bem caro, se já não somos mais nenhum joven com todas as oportunidades de arrumar  "um milhão de amigos".
Nem poderia deixar de falar na perda de nossos animaizinhos de estimação, nossos pets queridos, pois essa então não seria eu.
Pagamos pedágios bem caros quando temos que sepultar um amiguinho de quatro patinhas. É tão doloroso que só entende aquele que tem ou já teve alguma dessas criaturas que DEUS nos deu para aliviar nossas tristezas, solidão, desânimo. É, desânimo, porque eu duvido que alguele que chega em casa cansado, desanimado, sem vontade de nada, continue assim depois de ser recebido com uma figurinha linda abanando o rabinho todo contente, ou os lindinhos, abanando os rabinhos e todos pulando para alcançar primeiro o nosso carinho. A vida volta a ser bonita e alegre, por isso quando os perdemos, nosso pedágio é imenso.
Entretando, não podemos ver  a vida com olhar tão pessimista. Há também momentos de grande alegria e para mim, com a sinceridade que costumo escrever ou agir, esses momentos geralmente estão ligados a uma amiga em especial e aos patinhas mimosos, sejam eles minúsculos como uma maltês,
um yorkshire, um SRD amado, ou um pitbull, ou um meigo Fila Brasileiro.
Falar de animais me inspira a escrever porque eu amo todos, tenham eles pedigree ou não. Pouco de importa.
Quanto as amizades, que são os parentes que escolhemos, já que os verdadeiros, se escolhemos, ainda estavámos no céu e não lembramos.
Esses parentes amigos, se os perdemos o preço é muito alto, temos que repensar nossas atitudes,  nossa fala e na escrita é pior, pois quando falamos com a pessoa, olhamos olhos nos olhos e temos as expressões faciais que confirmam ou não nossas palavras, mas a escrita é fria. Sem cuidados com as palavras
corremos  o risco de não ser bem entendido. Assim, vamos burilando nossa vida, atitudes e escrita para uma vida mais feliz.
naja
Enviado por naja em 03/08/2012
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T3811684
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