Cartão de visitas

Dizem que nossa aparência é nosso cartão de visitas, mas muitas pessoas confeccionam e investem erroneamente no seu.

O nosso cartão de visitas tem que ser com certeza um atrativo interessante aos olhos de quem vê, mas ao mesmo tempo tem que agradar a nós mesmos e de forma sucinta mostrar “os nossos serviços”.

Na vida os nossos serviços seriam mais propriamente o que somos, a nossa personalidade, nossa essência, nosso eu. Mas muita gente por ai se apega a aspectos errados e acaba por se escravizar pelos padrões sociais, achando que tem que agradar somente os olhares alheios e nunca a si mesmo. Fazem renuncias importantes que os leva a frustração.

Transformam seu cartão de visitas em um carnaval ou em um circo de horrores por causa da necessidade de agradar a todos, achando que isso é uma obrigação.

Imagina você pegar aquele cartãozinho de papel de uma empresa e ele ser todo enfeitado, todo colorido, cheio de brilhos e não mostrar de alguma maneira o que aquela empresa oferece. Assim é na vida com os seres humanos. Não adianta passarmos uma imagem mentirosa de quem somos, pois quando alguém resolver conferir “nossa empresa” poderá comprovar que fizemos uma propaganda enganosa.

Tornam sua vivência fantasiosa, enfeitada, sem mostrar o que realmente importa para sua própria satisfação. Claro que não devemos simplesmente só agradar a nós mesmos quando isso irá de alguma forma agredir alguém, mas também não devemos somente agradar o alheio se isso nos agredir. Podemos encontrar uma forma equilibrada de fazer o nosso cartão de visitas refletir o que somos e o que queremos, se encaixando de alguma forma em alguns padrões que servem de porta de entrada para o que almejamos e apresentando ao mundo nosso diferencial, nossa singularidade.

Em uma época que as pessoas falam e defendem tanto a liberdade, a verdade e a sinceridade nos encontramos na contradição de viver em uma sociedade que mascara sua vivencia.

Os seres humanos cada vez mais se tornam seguidores de tendências em todos os sentidos, inclusive e principalmente no campo sentimental.

Deixam de ser senhores de si para se moldarem conforme as últimas tendências, sentindo e vivendo apenas o que está na moda. E com isso acabam prejudicando a si mesmos e também outras pessoas que direta ou indiretamente fazem parte de sua vida.

Alguns se tornam tão fanáticos e cegos pela necessidade de se encaixar em algum padrão social que se tornam propagadores de tendência, ajudando em um marketing totalmente insano que os leva a criticar e até atacar aqueles que julgam errados por não seguir a “doutrina” que seu fanatismo julga ser o correto. Com isso, sem perceber abre mão de sua vida, de seus desejos e sentimentos em prol de algo desconhecido.

Só sente o que esta na moda, só ouve o que mais toca nas mídias, só assiste na televisão o que é mais comentado nas redes sociais, só expõe de si o que acredita se encaixar nos modismos.

Mas afinal humanamente falando, o que está e o que não está na moda?

Na verdade, não importa.

Muito mais valor tem a “retrógada” autenticidade com todo seu ar vintage do que um modismo passageiro que quando for embora, virar démodé irá levar junto para as gavetas empoeiradas da vida coisas preciosas e caras da sua essência que você renunciou na ânsia de acertar. E não vai deixar nenhuma herança valiosa para expor no museu de sua vida.

Que seja moda, que seja brega, o que importa realmente é a fidelidade consigo mesmo, respeitando sua essência, sonhos, sentimentos, desejos, não se sabotando para agradar o alheio.

Na passarela de sua vida você irá brilhar com a coleção que fizer jus a sua essência. Desfile sua vontades sendo a estrela principal para assim receber os aplausos dos que realmente torcem por você na plateia da vida.

Brega é tudo aquilo que não te desperta emoções.

Deby Lua
Enviado por Deby Lua em 15/08/2012
Código do texto: T3832460
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