A MESA

A MESA

A fina flor das cores disposta na mesa...

Almas gêmeas ligadas pelo símbolo dos sorrisos...

Recados e mensagens em blocos, bilhetes e processos.

Uma agendinha em desuso repousa, porque a vida é mais dinâmica do que as agendas...

Um relógio indica que as horas reais se passam em outro tempo...

O computador pede a senha. Na espera não pude contatar-me ao mundo “on line”...

Alguém aqui é guia para gerenciar projetos que pairam além dos brasões da República, que publica sua incompetência para gerar a justiça e sua competência para manter as desigualdades...

Chovem diretrizes e deságuam rios de novos modelos para realizar o que já havia sido feito...

Na mesa repousa a fina flor dos papéis e logomarcas.

E eu paro para olhar o par de escovas e o kit cosmético da Access...

Ainda bem que aqui se pode apreciar aqui um pouco de irreverência em meio ao que poderia ser um indigesto modelo burocrático de repartição pública...

Re- partida para não servir, ou mesmo oferecer “des-serviços”.

Ainda bem!...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 16/02/2007
Reeditado em 16/02/2007
Código do texto: T383782