Eu Estava Aqui!

Se existem palavras que possam descrever o novo clip da Beyoncé, essas são: Passional e Intenso.

Durante todo o dia do lançamento, vi o clipe, concentrei na letra, li e reli várias declarações de fãs de todos os lugares. Mas nada me movia a escrever algo. Para mim era algo normal do tipo “Green Peace” ou “We are the world”. Nada, a não ser alguém que pensou no social (pelo menos uma vez na vida).

Pois é, mas como disse, isso foi durante o dia. Ao chegar a minha casa, sentei na frente do computador e fui assistir pela milésima vez o clipe. Foi ai que percebi algo que não tinha visto antes: a simplicidade.

Mesmo rodeado de efeitos midiáticos e ricos de intervenções gráficas, “I Was Here” para mim foi simples e singelo. A simplicidade do olhar da Beyoncé era clara e sensata. Passava com clareza tudo o que a música queria dizer. Enriquecida de vídeos que demonstravam o quanto o nosso mundo ainda é cheio de desigualdade – miséria, fome, segregação de raças e povos – a imagem da Bé era simples e mostrava através de seu olhar (principalmente seu olhar) que existem pessoas que vivem para ajudar ao próximo. Que vivem deixando suas pegadas por onde passam. Que se importam com o social (o mesmo social do qual eu achava normal no começo da manhã) que de fácil, corriqueiro e normal não tem nada.

A paixão e a intensidade marca cada rosto de pessoas anónimas que apareciam nos vídeos e que estão ao nosso lado como anjos nos salvando de momentos talvez nunca imaginados por nós. É a Paixão de viver, a intensidade de amar o próximo e a simplicidade dos atos dos quais não se espera recompensa, que fez de “I Was Here” para mim em alguns minutos (ao invés do dia todo) um grande momento de reflexão.

Eu acredito na simplicidade. Quem me dera, ela não estivesse tão desacreditada e rara. Enquanto o mundo caminha a passos largos de demasiados atos criativos, um terço de seus habitantes (tenho fé que um pouco mais que isso) usam da simplicidade de atos, motivos para serem presentes e poderem dizer que estavam ali, viveram aquilo, lutaram por todos, em prol de todos... Que não passaram despercebidos. Foram fortes por dois, por dez, por cem, por mil...

Seres humanos capazes de sentirem, mesmo hoje, a posteridade ovacionando-os por saber que há esperança e amor no coração dos homens.

Depois de todas aquelas imagens e o olhar da Beyoncé, da forma mais simples que há, eu só posso dizer – também – que amei, vivi, e estava aqui!

Diego Galdani
Enviado por Diego Galdani em 20/08/2012
Reeditado em 24/08/2012
Código do texto: T3840758
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