ANJO

Num dia saí a caminhar pelas ruas da cidade, fui até a praça da alegria e algo estava errado: As pessoas estavam tristes, ninguém sorria e o que eu via era apenas melancolia. A paisagem estava feia e as flores sem vida. Havia ali apenas um pequeno botão de rosa prestes a desabrochar... Uma flor que desabrocha é como um sorriso de alguém que ama, então havia ali uma esperança em meio a tanta tristeza. Sentei-me num velho banco quebrado daquela praça sem graça, olhei para os lados e nada de interessante. Momentos seguintes ouvi passos vindo em minha direção, por um instante pensei que fosse ilusão...Houve então silêncio, algum tempo depois ouvi novamente aqueles passos, era sim algo real. Uma forte luz surgiu como que num piscar de olhos, me estremeci por inteiro e tive medo. Meus olhos se fecharam, pois a luz era intensa! Mais tarde abri meus olhos e vi através daquela incandescência a bela essência de um “anjo” que sorria trazendo de volta a alegria àquela praça, trouxe de volta o brilho, a cor e a beleza renovando a natureza.

O solitário botão de rosa desabrochou para cumprir seu destino: Enfeitar os jardins e perfumar a vida e simbolizar o mais belo dos sentimentos: O amor, tal anjo era formoso e brilhava sem cessar, sorria sem parar...

Aquela praça feia, de beleza ficou cheia, meu sorriso preso também manifestou... O belo está presente e faz parte da vida. Nunca vi nada mais lindo que o sorriso de anjo, pois este sorri com o coração. Praça da alegria, sonho ou realidade? Ilusão? Fantasia? Não sei. Se for sonho não quero acordar, se realidade for, sonhar não pretendo mais... Se tudo foi ilusão valeu a pena delirar, encontrar, contemplar um inesquecível sorriso de anjo!

MARCIO ZANNOVITCH
Enviado por MARCIO ZANNOVITCH em 10/09/2012
Código do texto: T3874892
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