Inocência

Entrei num ônibus, e a alguns minutos de meu destino, assisti a uma bela cena de entre duas crianças.

Do lado esquerdo das fileiras do coletivo, uma menina, com em média cinco anos de idade. Percebi que ela estava conversando com alguém que estava na fileira da direita, onde eu me encontrava. Em sua conversa, ela segurava um livro didático, e conforme passava as páginas, apontava as figuras; em alguns momentos após apontar, ela fazia para a direita um sinal de legal com as mãos; e a brincadeira perdurou durante alguns minutos, só em uma determinada e crucial parada do ônibus, pude perceber que a garotinha estava interagindo com um garotinho – gordinho, bastante fofinho, aparentando quatro anos - que viajava até a escola – com seu avô. Ao se levantarem de seus assentos – neto e avô - o pequenino, respondeu a um “ Como você se chama ?!” da menina, com um inocente – e emocionante – “Tchau, vou para escolinha agora, amanhã eu volto pra brincar com você, viu?!” enquanto sorria um sorriso alegre por ter feito uma nova amizade.

Esta cena tão simples, porém grandiosa, é mais um exemplo de como as crianças de hoje, mesmo com tantas influências que desgastam o lado do imaginário “onde tudo pode acontecer”, ainda reservam uma grande carga de inocência e, é esta, que faz desses seres únicos, a esperança de um novo amanhã! Pequena situação, que me fez sorrir o meu primeiro e mais esplendoroso sorriso do dia.

Bruna Kedman
Enviado por Bruna Kedman em 14/09/2012
Código do texto: T3882331
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