O que não tem explicação, explicado está.

A senhora estranhou o olhar insistente do homem de cerca de 50 anos, mas continuou a escolher legumes, na barraca da feira.

O homem se aproximou e disse:

-Senhora, bom dia. Perdoa-me por olhá-la assim. É que a minha mãe faleceu quando eu nasci, e ao ver a senhora pensei: se ela se estivesse viva, a julgar pelas fotos que tenho dela e da minha avó, ela seria parecida com esta senhora.

Arrepiada e sem palavras, a senhora o olhou atentamente e viu lágrimas nos olhos do homem, que agora, olhava para o chão.

Num ato instintivo ela o abraçou e chorou com ele que bem poderia ser o seu filho natimorto.

De tempos em tempos ela conta esta história que parece lhe dar alívio.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 15/09/2012
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