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Pra Mim, Basta!
 
 
         Chega um momento na vida, por bem ou por mal, que você decide dar um basta àquilo que há tanto tempo vem incomodando, minando. Mesmo que, aparentemente, você tenha que pagar um preço meio alto, pela ousadia. Esta foi minha decisão, pela milésima aparição do mesmo problema nevrálgico, com o qual me recuso a lidar. Recuso-me a participar dos joguinhos aos quais as pessoas se submetem, por alguns trocados... Trocados esses, que são seus, pelo tal direito adotado pelos humanos. A tortura psicológica tem que ter fim. E terá! Inevitavelmente, de uma forma, ou de outra. Decidi que a canalhice alheia, não mais me afetará. Principalmente, esta, tão próxima, tão inacreditavelmente mesquinha, que conheço, desafortunadamente, há tantas décadas.
         Nem tem mais cabimento, perante o lugar que o meu ofício vem me colocando. Deixo de participar, oficialmente, deste ridículo jogo. Nunca valeu à pena. Pensava eu, que era minha única opção. Não é. Nunca foi. Enganei-me, redondamente. Tentava preservar laços ilusórios, putrefatos.
         É duro ter que me admitir, que foi tudo mentira, o tempo todo... Foram só conveniências, impostas pelas circunstâncias, que fizeram algumas pessoas, insistirem, através do tempo, na farsa de me demonstrar afeição. Interpretações que fazem as do sbt serem indicadas ao Oscar !!! Confesso, uma fraqueza, um comodismo idiota, de minha parte também, por ter deixado a pantomima chegar  ao vexame, que chegou.
         Sei que não é fácil gostar de mim. Sou extremamente diferente, de verdade. Sei que essa minha diferença, incomoda. É, perfeitamente, natural. O jeito como atravessei a vida, visceralmente, a alguns, suscita, obrigatoriamente, um final trágico. Não se conformam de eu, aparentemente, ter sido salvo pela poesia. Intimamente, ainda esperam pelo meu fim, através de um estrondoso fracasso. Afinal, quebrei todas, todas TODAS, as regras deles... Escancarei a falsidade, a covardia, a ganância material, alucinada, a assustadora frieza... Capaz, de absolutamente tudo. Inclusive, o conluio, as reuniões secretas nas masmorras escuras do poder aquisitivo... O ataque pelas costas, como sofri. Agora, em minha reta final, só quero na corda, me esperando, gente que, realmente, goste de mim. Espontaneamente. Holisticamente!




Continua em poesia e música:
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 18/09/2012
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