Reminicências

Hoje abri a biblioteca de meu cérebro, apanhei o primeiro livro de olhos fechados, pois queria uma surpresa. É! E lá estava aquela canção que minha mãe cantava quando eu ainda era muito pequeno (A treze de maio na cova da Iria no céu aparece a virgem Maria). Minha alma sorriu de felicidade me senti uma criança novamente.

Não contive o impulso em abrir o segundo livro. É! E lá estava meu manso e amigo cavalo pampa a me esperar sorrindo alegremente para mim, aquele amigo que me conduzia até a escola onde aprendi a amarrar minhas primeiras letras. Impulsionado pela felicidade abri o terceiro livro. E! E lá estava meu pai com aquele largo sorriso me entregando minha primeira bicicleta.

Há! Meu Deus que leituras maravilhosas, lindíssimas. E por que não abrir o quarto livro. É! E lá estava minha primeira professora conduzindo minha mão levemente em minhas primeiras vogais, a seguir minha mãe me ensinando a assinar meu nome e eu achei meu nome muito bonito e me identifiquei imediatamente comigo mesmo.

Eu não queria abrir o quinto livro, a adolescência eu já sabia que Simone, aquela moça menina, aquele ipê coberto em flores que deixava todos os alunos perdidos de amores e que me escolheu para o primeiro beijo.