Somos uns perdedores?

Tenho lido algumas matérias sobre a floresta Amazônica e a cada leitura, tido a sensação de que há muito mais por dizer. Pior ainda: que esta quase metade do Brasil é tratada generalizadamente como apenas uma região longínqua. Não pelas matérias, mas pela ausência de uma avalanche delas. Está certo que nós brasileiros, não somos uma nação belicosa. Não somos fanatizados por alguma religião fundamentalista. Não temos o ufanismo necessário para nos mobilizarmos numa motivação onde falte apenas um objetivo para que desencadeemos essa energia. Porém esse equilíbrio tão desejável em outros povos não pode amofinar iniciativas que visem preservar um patrimônio que seja lá quando for, será fundamental para a nossa sobrevivência considerando o futuro de escassez que se prenuncia.

O sinal vermelho já acendeu e o daltonismo continua. Será que as ongs suspeitíssimas que “operam” na Amazônia brasileira estão sendo monitoradas? Será que os índios, ingênuos, mas gente como nós não estão servindo a interesses desses estrangeiros enquanto escudo humano contra iniciativas que tivessem um controle maior pelo estado? Será que o subsolo amazônico, comprovadamente rico em minérios nobres e a biodiversidade da floresta não são os verdadeiros objetivos desses insinuantes alienígenas compradores de terras?

Como é possível ter-se a maior riqueza inexplorada do mundo e não se preocupar com essas investidas?

A história nos conta, em todos os seus momentos, como se deram as incorporações ilícitas e o é, via de regra, condescendente com os invasores que, pudera, são os próprios narradores. Mesmo na atualidade somos induzidos a crer em heróis suspeitos e condenamos as vítimas caladas pelo consócio dos poderosos.

Nosso relaxamento em relação aos incendiários, os madeireiros, os grileiros, os garimpeiros e os demais aproveitadores nacionais não podem servir de pretexto para as próximas empreitadas de nações imperialistas. Como falado anteriormente “não temos um fanatismo que nos faça lutar como resistem outros povos”.

Serão diamantes, minério de ferro, bauxita, minério para geração de energia nuclear e um sem número de riquezas dadas de mão beijada aos belos habitantes do hemisfério norte, além da maior bacia hidrográfica do mundo onde num futuro próximo água será ouro.

E aí? Vamos perder mesmo a região amazônica?