ANDARILHO

Caminhando solitário e sem destino,

sigo peregrino pelas estradas da vida

ando pelo mundo e às vezes,

me chamam vagabundo...

Minhas sandálias estão gastas,

não tenho casa, meus pés estão como que

em brasas... O sol queima meu rosto,

a chuva lava meu corpo, ando pelo mundo!

A lua guia meus passos,

quando cai a noite, na sacola somente

um pedaço de pão e continuo a caminhada,

trabalho não consigo, esmola com ela vivo;

Estrada a fora, na subida ou na descida

ainda tenho fé na vida,

de cidade em cidade vou em busca

da verdade;

Tenho sede, tenho fome

dentro do peito, uma dor

sinto falta de amor e assim

a saudade me consome;

Cansado e sofrido

tenho um apelido e

por onde passo, sou vítima do

cansaço e de vagabundo me chamam;

À noite, de joelhos peço a Deus

que ajude os filhos Teus, que

ajude o andarilho a encontrar

seu amado filho perdido mundo a fora.

De manhã o sol brilha em meu rosto e acordo deitado na

calçada onde passei a noite na cidade desconhecida.

Me levanto e nada pra comer...Um homem de bom

coração ao passar por mim deixa um pedaço de pão,

agradeço ao bom irmão por saciar a fome deste andarilho

que somente quer encontrar seu filho, onde quer que esteja.

Trago dentro do peito um sentimento de amor e de saudade,

minha história somente eu conheço, sei que perdão não

mereço, mas meu filho preciso encontrar para ele

abraçar, brincar e somente a ele amar, amar e amar.

MARCIO ZANNOVITCH
Enviado por MARCIO ZANNOVITCH em 27/09/2012
Código do texto: T3904509
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