O Gozo

O gozo nos remete aos mais baixos instintos, ate gozar somos seres pensantes, senhores de si, contritos e sabedores da verdade, quando questionados sobre algo sempre temos as resposta, se não soubermos versar sobre determinado assunto, buscamos auxilio nos livros, no Google ou nas enciclopédias há muito aposentadas como pessoas civilizadas que somos.

A verdade é uma só, quando no ato sexual, prestes a explodir em um vulcão de prazer, no julgo que é a sensação de alivio do gozo, esse misto de prazer e dor que dura uma infinidade de milésimo de segundos, nos torna suscetíveis aos instintos primários, voltamos a ser animais irracionais, não se pensa com a cabeça, a massa cefálica toma uma forma abstrata, tal qual os desenhos de uma terapeuta, que ao mostrar aqueles cartões com borrões de tinta a um adolescente entrando na puberdade, vê ali contidos não aspirações e sonhos, nem tampouco o vislumbre da arte moderna, mais aquilo que seu corpo mais deseja, seu cheiro exala feromonios e seu apetite insano por comida é apenas para sustentar outro tipo de apetite, o sexual, O gozo nos remete aos mais baixos instintos, subjulgado-nos ao anonimato consensual, sim por que nos permitimos tal barbárie, entramos no jogo de sedução que nos envia a caminho da forca e traça nosso destino como uma cartomante gorda e flatulenta que só nos prevê desgraças.

Não obstante de nossa tragédia grega, ressaltamos ainda o prazer alheio, o desejo de fazer o outro, ou a outra, se assim preferir, se sentirem completos. Essa sincope de anseios também nos leva ao abismo do eu, trazendo a tona o mais assombrosos questionamentos, tipo: E se eu brochar, - e se ela (ele) não gostar, e o pior e se alem de brochar , ela contar pra amigas.

A verdade é uma só o gozo nos remete aos mais baixos instintos, pois só depois do gozo, vem a sobriedade.

Mathos
Enviado por Mathos em 02/10/2012
Código do texto: T3911560
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