RIDÍCULO

As roupas foram inventadas para duas serventias: proteger os humanos do frio e da moralidade da nudez. Mas imbecis inventaram a moda e, servem hoje em dia, como STATUS, grã-finagem e zombaria.

A moda e a mercantilização das coisas mais fúteis e insignificantes fazem com que qualquer objetinho ridículo vire um monumento de ostentação. Chega a ser ridículo!

Nunca vou entender porque haver o status e o glamour de se comprar um shortinho, uma calça jeans ou uma blusinha, que parece um pedacinho de flanela, por "500 conto". Assim como não entendo quem compra um relógio de ouro. Garanto que não é com o horário a preocupação.

Na verdade, eu não entendo porque o ouro vale ouro!

E para que fique claro, eu também tenho minhas vaidadezinhas, só não entendo. Mas uma coisa é certa, até compro um supérfluo por um preço caro, mas nunca materializei, nem jamais materializarei meu afeto ausente dando um presente. Por isso, pretendentes, Kekel não é sinônimo de “lembrancinha”... Fiquem cientes.

Não dou nem bijuteria. É no máximo um poema e se contente. Datas comemorativas, então, é no máximo minha presença e um jantarzinho.

Presentear é uma dádiva para ser entregue quando há amor, não para tapar um rombo que o amor deixou ou, até mesmo, a falta de um amor que não há.

E para que seja justo, assim como não dou “presentinho” para curar feridas, também não recebo.

Nunca vou conseguir entender materializar o amor, trocando a ausência de afetos por um presentinho cafona, por mais que valha “5 mil conto”.

Nunca vou conseguir entender a raiva de uma traição ou a mágoa por um desafeto serem perdoados sem perdão com o $ do cifrão. Nunca vou entender uma sacanagem der substituída por um colar de pérolas ou por um carro zero.

É tudo muito inintendível... Tudo.