Como um viajante que dissesse: ”Eu não sei para onde vou indo, mas estou adorando o navio no qual viajo!”, assim nos apegamos à vida desta terra. A que vem depois é assunto secundário.
         Todos sabemos que esta vida é precária e este é um assunto de extrema gravidade. Não podemos investir o nosso ser em teorias humanas, opiniões ou primitivismos. É algo importante demais para corrermos riscos.
         Todos os anos comemoramos nossos mortos em 2 de novembro...  Recordamos a vida dos que amamos e que se foram, e que se vão. É uma celebração marcada pela saudade e pela esperança, ao mesmo tempo. Faz-nos lembrar dos que se foram e volta nosso olhar sobre nós mesmos. Pois se hoje lembramos e rezamos por eles, amanhã seremos um deles.
         Somos peregrinos. Buscando a face do Deus da vida. Peregrinos todos, mesmo aqueles que não o sabem nem O conhecem. Mesmo aqueles que ainda não provaram da doçura de Deus. Pois por Ele fomos feitos, e inquieto está nosso coração (disse Agostinho) até que repouse nEle, descida, passo a passo, a escada da ilusão.
         Peregrinos, até que encontremos aquele descanso, aquele repouso, inexcedível réquiem, que desejamos, cantando aos nossos mortos.