Contos do dia a dia

Sempre tive uma vontade louca de viver um grande amor, quando adolescente não tinha “liberdade” para viver intensamente todos esses sonhos. Para cada sonho é necessário uma cota de responsabilidade, otimismo e persistência. Eu tinha todas essas qualidades, mas o problema se chamava ansiedade para encontrar no meio de toda a humanidade um único ser que fosse feito só para mim. Então vieram alguns amores, muitas aventuras, e conseqüente a isso, diversas histórias para lembrar. Hoje muita gente não procura mais uma paixão ou um amor para toda vida, mas um caso de uma noite, ou os famosos “amassos” de algumas horas.

Para quem faz parte do seleto grupo que prefere à mesma companhia todas as noites e todas as manhãs é necessário persistência e ousadia, pois nem todos estão dispostos a investir numa relação a dois, seja em um namoro mais sério ou casamento propriamente dito, sobretudo, me dei ao luxo de concluir que essa opção vem se tornando semelhante a um rio em meio ao deserto.

A busca pela modernidade trouxe para a sociedade uma liberdade sem limites. Os valores mudaram, a mulher conquistou seu espaço e continua conquistando como grande profissional, mostrando seu potencial para interagir e adaptar-se em diversos setores de trabalho, porém, no lado pessoal, em muitos casos ela “esquece” de valorizar-se como “mulher”. Mulher digna, de boa índole, de família, de personalidade definida.

A sensação da verdadeira conquista está em mostrar essas qualidades como pessoa, em personalidade, caráter, mentalidade, independente da roupa que se veste. No entanto, muito do que se vê não é o que realmente é. Os homens em sua maioria procuram diversão, alegria momentânea, e poucos são os que buscam o prazer de uma vida a dois. O conceito de superficialidade nos leva a uma sociedade de descarte. A cada ano aprendemos e nos adaptamos que é mais prático descartar objetos ou pessoas a tentar modificá-los ou simplesmente adaptá-los. No entanto, essa nova cultura de descartes se reflete diretamente nos relacionamentos amorosos, visto que, é cada vez menor o número de pessoas que se dispõem em tentar melhorar uma relação a dois.

Apesar de tanta modernidade, ainda não é o bastante e não será o suficiente para superar o calor humano. Sentir-se amado e acolhido por quem se ama ainda é a melhor sensação que há. No entanto, os recursos que a modernidade vem nos oferecer servem de suporte para diminuir as distâncias criando cada vez mais a possibilidade de superar barreiras que possam ou venham surgir na vida e no tempo.

Em suma, o que não se pode perder é o brio de um abraço, a sensibilidade de um beijo, a emoção de um sorriso, a satisfação em amar.

Mística
Enviado por Mística em 03/11/2012
Código do texto: T3967551
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.