VÍCIO EXPLÍCITO

Sentada em frente a tela eu me deixo envolver , transpareço até o sonhar e então me esqueço até morrer .

Não vejo outro modo de viver além desse de sussurrar em seus olhos o que procuro no meu ser e ser em você tudo que fui até o morrer .

Por vezes sinto saudades da minha bic azul de estimação ou da lapiseira a quebrar finas pontas e o fio do meu tom.

Compro então grossos cadernos coloridos cheio de linhas pra se ver e juro que amanhã eu irei usá-lo .

Dia seguinte de manhã tomo café , sento aqui e me sinto culpada olhando aquelas folhas brancas a esperar meu escrever .

Ligo o PC e a tela acende esquentando meu coração e me sinto mais em casa usando as duas mãos que Deus me deu ao nascer .

O que fazer se o mouse me completa , há sempre você a escutar e ali dentro daquela linda capa só me resta a solidão !

Assim depois de confessar esse vício do qual não me livro eu me entrego por completo até o não existir .

Quando acabo meu delito para me sentir melhor publico em todas as janelas que eu puder encontrar .

Mesmo que você não me diga nada contra ou a favor o que fiz está ali e sei que você leu .

Mais confortada por extravasar e assumir isso tudo eu me desligo daqui e vou procurar outro site .

dalila balekjian

dalila balekjian
Enviado por dalila balekjian em 01/03/2007
Código do texto: T397582