QUE SEJA O QUE DEUS QUISER!

Que seja o que Deus quiser!

Mas como é difícil... O ser humano se entender. E mais ainda. Se compreender. Sempre esperamos ou até mesmo exigimos que nos entendam, compreendam. Mas como é difícil a contra partida. Ou seja, nós entendermos e compreendermos. Queremos dos outros, sempre cada vez mais. Mas a vontade de dar, sempre cada vez menor. Antes de julgar, já batemos o martelo. Mas não queremos ouvir o seu som para nós.

Será tão difícil assim entender o que os outros querem e sentem e ficar pensando somente no que nós queremos e sentimos? Ora, se nos sentimos e queremos, os outros também. Porque então acharmos que sempre nós estamos com a razão? Será tão difícil ao ser humano entender de que toda ação causa uma reação?

Nada fácil imaginar a reação de um pintor se pegarmos um pincel e colocarmos um traço a mais em sua obra? Ou se por acaso mexermos em uma instalação elétrica e provocarmos um curto circuito? Como não conseguimos entender de que se já está feito, concluído, não cabe um dedinho a mais? Até porque este dedinho pode estragar tudo, mudar o sentido, a razão de ser, de existir.

O interessante é que poderemos pensar em tudo isso que se disse até agora, e daqui a um segundo, fazermos exatamente o que não se deveria. Só porque nós sempre temos a mania de julgar de que nós faríamos melhor. Mas não fazemos e sim tentamos mudar o que já está feito, achando que vamos acertar. E sempre erramos.

Sorte teve Deus ao criar o homem, porque não tinha outro a sua volta para tentar consertar o que estava feito. Se bem que depois... Foi dar livre arbítrio para quem até hoje não aprendeu a usá-lo. E o mais incrível é que Deus sabe que não adianta tentar colocar um dedinho, porque pode piorar.

Então, que seja o que Deus quiser!

Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante. Esta crônica está em mais de noventa jornais impressos e eletrônicos no Brasil e exterior. Contatos, ajrs010@gmail.com