DIBLOTEC, UM PERIGO INANIMADO

Makinleymenino

Nov 2012

(Crônica)

Os aeroportos do mundo parecem temer o diabo por assim dizer, desde que os terroristas perceberam a grande fragilidade da segurança desta infraestrutura preparada para o giro e transito de pessoas de um lugar para outro através das aeronaves.

Para quem não é um assíduo frequentador de aeroportos, nem imagina como são variados os passageiros que passam por lá. Os moldais, ônibus, metrôs, bondinhos, e outros meios de transportes se tornaram antiquados na evolução do mundo na relação distância x tempo para os aviões, quando vejo animais de estimação acompanhando seus donos pelos seus trajetos, e a grande movimentação de cargas indo de um lugar para outro com um pouco menos de burocracia tornando a distância um mero expectador do tempo.

Todos estes traunsentes têm que passar pelas revistas e desconfiança da segurança dos aeroportos focadas no antiterrorismo e drogas, no Brasil, é algo a ser levado a sério.

São vários viajantes que possuem suas bagagens extraviadas ou violadas, “sorte” quando a violação é realizada na origem de despacho por algum fato novo em que a inspeção do raio X, a segurança especializada no assunto identifica algum perigo acondicionado dentro das bagagens, violando-as para fazer a investigação do suposto conteúdo de risco.

A respeito da violação de malas vindas dos Estados Unidos, quando há vestígios de risco, é aberta pela Transportation Security Administration (TSA). Há algum tempo, adquiri para um microcomputador algumas peças, inclusive uma fonte – marca DIABLOTEC, peça fundamental para energizar um computador tipo Desktop, foi retirado da caixa com uma gama de rabichos e conectores, e acomodada no interior da mala juntamente com outros componentes.

Ao constatar a violação, verifiquei o conteúdo da bagagem onde se encontrava por cima das roupas um aviso da TSA informando que a mala fora aberta para identificar o suposto conteúdo de risco.

Vendo a fonte fora do lugar de sua armazenagem, a primeira conjectura do caso é que devam ter imaginado pelo raio X que a mala conduzia uma perigosa bomba terrorista pelas suas características e aquele tanto de fios, tamanho, massa de induzidos, etc. Que mobilizaram a equipe de segurança, a turma de antibombas, que meticulosamente abriram a mala se viram cara a cara com o Diablotec, um ser inanimado, mas que tem tirado o sono das pessoas tornando a mente de sonhos e devaneios às vezes um pesadelo, dentro na realidade dos aeroportos.

No Brasil nosso Diablo é outro, na recepção das malas, não há quem se abstenha do incomodo destas violações com sumiço de objetos e pelas notícias corriqueiras do extravio calculado de suas bagagens.

MakinleyMenino
Enviado por MakinleyMenino em 18/11/2012
Reeditado em 20/12/2017
Código do texto: T3992356
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