PRISÃO INTERIOR
 

Imaginem sentirmos preso sem estarmos atrás de uma grade.
É como um passarinho que voa em um viveiro e não tem a liberdade de desfrutar da natureza que estar a sua volta.
É não conseguir sentir-se dono da sua própria alma.
É ter a sua liberdade retirada de maneira brusca.
Esta prisão é o cárcere que aprisiona a sua dignidade, respeito, caráter e a sua capacidade de pensar, amar e doar.
Ela é a prisão do espírito. É retirar de si os movimentos que define ser você um ser vivo e racional.
Sentimo-nos como uma verdadeira maquina operada por seu carrasco.
Os motivos que o levam a sentir-se como prisioneiro esta no que as pessoas de sua convivência pensam ao seu respeito.
A desconfiança é a principal causa desta horrenda e desumana prisão.
As acusações sem motivos conseguem desequilibrar qualquer ser humano por mais digno de respeito que ele mereça.
Os conflitos gerados em família, sem motivos aparentes, os levam a tornarem-se escravos da sua própria vida.
O dia passa a ser penoso, pois, tudo que faz é de forma a não chocar ou contrariar as pessoas as quais a amam. É viver em função dos outros sem ao menos atentar o quanto esta sendo prejudicial à sua vida.
Viver passa a ser mais uma necessidade de completar o ciclo de vida que Deus nos concedeu do que prazer em viver. É cumprir com tudo que assumiu, desde o momento em que concordou em vir a terra, para resgatar os débitos que porventura tenham sido contraídos em vidas anteriores.
As suas atitudes são, infelizmente, interpretadas de maneira pejorativa. Qualquer palavra colocada erroneamente é imediatamente reprimida e consequentemente mal entendida.
Imagine ser um prisioneiro da sua própria vida.
As consequências são nocivas à própria saúde. Você passa a se sentir um trapo humano. Não consegue visualizar um horizonte, pois, a vida a você não mais pertence.
As atitudes que você procura aplicar, por mais que seja de bom grado, em um momento elas se tornam insignificantes.
Olha-se para um lado e para o outro lado, e não encontra motivos e explicações para o que ocorre naquele momento de conflito.
O pensamento começa a não permitir que você tenha discernimento para poder administrar e controlar o seu temperamento. As palavras se tornam sem nexo. Suas energias começam a se esgotar. O mundo passa a sua frente sem que você se aperceba. Nada o faz sentir importante. O presente é como um castigo. O futuro a Deus pertence. As perspectivas de vida não são nada animadoras. Inicia-se o ciclo de auto indagação. O que fiz para merecer esta prisão? Por que estou sendo penalizado? Será que Deus existe? Se existe Ele me abandonou? Começa neste momento a apresentar-se em nossa consciência a decadência da nossa própria estima. Cabe-nos ressuprir as nossas energias, elevando o pensamento ao alto, e pedindo ao nosso Deus que interfira em nossas vidas, para que possamos superar estes momentos conflitantes que nos aprisionam e nos levam ao desespero.
Esta é a única maneira de podermos limpar a nossa mente, quanto a tudo que negativamente pensamos, e reconciliar com o Pai a fim de podermos superar as nossas amarguras na prisão a qual fomos colocados. Só assim poderemos acreditar na vida.
Leonel Farias
Enviado por Leonel Farias em 21/11/2012
Reeditado em 07/10/2013
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