MEU AMIGO ALIENÍGENA  (EC)
 
 Se assim o considero, quero fazer crer que esse meu amigo é um ser de outro planeta, digamos que ele seja de Marte, enquanto eu sou de Vênus (lembrando o livro do escritor John Gray: “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus”) . E eu o vi  chegar, não num foguete faiscante vindo das bandas das terras dos nefilins, mas sim, num  “furacão vindo do norte, com uma grande nuvem com reflexos de fogo e esplendor à sua volta. E dentro dele, de dentro do fogo, havia uma radiação semelhante a um halo cintilante” ( palavras do profeta Ezequiel, que eu tomei por empréstimo). Naturalmente, sendo de planetas diferentes não falamos a mesma língua, contudo,  nos comunicamos muito bem, uma vez que observamos os ensinamentos do Dr. Gray, que nesses casos sugere que  levemos em consideração essa diferença de línguas,  reconhecendo que têm   as mesmas palavras, mas a maneira como são usadas lhes dão  outros significados, embora suas expressões sejam similares,  apenas diferenciadas nas conotações e ênfase emocional . Convenhamos, nem sempre é fácil o entendimento, mas a gente tenta aparar as arestas,  apelando para a confiança e a aceitação um do outro - nem sempre prescindindo de um bom intérprete – principalmente quando apelamos para licença poética e assim soltar os superlativos, as metáforas e as generalizações, como observa o já citado, citado, citado Dr. Gray.
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(Este texto faz parte do Exercício Criativo (EC), sob o título “MEU AMIGO ALIENÍGENA”, outros textos abordando o mesmo tema podem ser encontrados neste endereço: http://encantodasletras.50webs.com//meuamigoalienigena.htm )
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 26/11/2012
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