A moda pegou mais uma bondosa leiloando a virgindade

Antes mesmo da garota do himen de um milhão e meio de reais pagar sua divida na cama com o Japonês, aparece mais uma benevolente vendendo a virgindade para uma causa justa. Agora a “periquita” da vez é da Paulistana de Itapecerica da Serra que desde criança mora em Sapeaçu na Bahia. A pobre com carinha de ingênua Rebeca Bernardo até três anos atrás era evangélica de participar de culto e usar os vestidos longos, achava que o desenho da Caverna do Dragão era coisa do demônio e a mulher que não se casasse virgem estaria atentando contra os mandamentos de Deus. Catarina Midliorini pensou nos pobres sem moradia e usou a cabeça, aliás usou as entranhas para construir casas populares. Rebeca quer a ajudar a mãe e pelo visto não quer usar os braços para limpar balcões e servir bebidas alcoólicas em bares. Em entrevista a moça que vai dar para quem dar mais, disse que na escola nunca se enturmou com ninguém que a sua era ousadia fora das panelinhas. Mas até onde chegaremos com esta onda de leilões da primeira vez? Que em nome de ajudar o próximo está experimentando uma sensação que pode ser contagiosa. Primeiro que nossos veículos de comunicação em sua grande parte não são educativos, pelo menos eu não li nenhuma nota de pais ou educadores após a Midliorini declarar que o martelo havia sido batido,dizendo que o seu ato não deveria servir de exemplo e que existem outras maneiras de ajudar o próximo e subir na vida. Ainda que subir na vida hoje sem argumentos como estes seja coisa para poucos que ganham na mega-sena. Corremos um risco tão grande de banalizar este tipo de oferta que soa como pesadelo o que se passa na minha cabeça, veja bem se acontecer assim; Jornal de Tal informa; “terminou hoje o prazo para a inscrição dos interessados em arrematar a virgindade da garota fulana, que após esperar por três meses sem ofertas melhores fechou a cotação no valor de cem reais, o felizardo deverá efetuar ainda hoje o pagamento de forma parcelada na conta da moça, se comprometendo a pagar o restante após o ato consumado. Como fora acordo de ambas as partes, o desfrute ocorrerá numa casa abandonada ao lado da linha férrea, já que o contemplado não pode ser visto em público Por ser casado.” Ou então algo mais catastrófico assim; Garotas das Escola Estadual Bará-Beré-Birí, declararam ontem que trocará suas virgindades por notas azuis, sendo que os Professores de Quimica, Fisica e Matemática que desejarem a barganha deverão se inscrever no Gremio “Virgindade em nome da nota” para participar do leilão, o ato de consumação do fato, só poderá acontecer após o Professor enviar a copia da caderneta autenticada em cartório em duas vias para a aluna, sendo que uma deverá ser entregue na Direção da Escola e a outra diretamente nas mãos dos pais. O local é de livre combinação dos dois. Numa das clausulas a garota deixa claro que não aceitará beijos nem frases feitas do tipo: “eu sempre sonhei com este momento”. É preocupante, muito preocupante. Imaginem, pois vivemos num sistema capitalista onde pais financiam sua filhas para ganho próprio, outros mesmos fazem o serviço e acabam sendo pais dos seus próprios netos. Imagine a irmã desta garota que pariu um filho do crápula do pai, sabendo que qualquer hora vai ser ela com certeza ela não vai esperar nem o terceiro lance do leilão, a hora que passar de duas notas de dez já pede para fechar o lance. Rebeca argumenta que já chega a 70 mil e tranquilamente faz planos para estudar Psicologia ou Nutrição sem deixar de cuidar da mãe que padece sob duas sessões de Acidente Vascular. Ainda não se sabe o que o Pastor acha da decisão insólita da bondosa irmã, mas com certeza vai ter muita gente pagando penitencia com chicotada nas costas. Para finalizar, com toda preocupação que temos com o advento da venda de virgindades, devemos também lembrar que a Copa do Mundo está chegando e marias-chuteiras já preparam suas barrigas para os golpes. E o Fuleco? a política voltou a cena, pessoas influentes que venderam favores estão de Fuleco na mão. Quem tem Fuleco com certeza tem medo.