Dedo - Duro

Com rapidez e praticidade paguei as compras de supermercado. Impressionante como as transações financeiras evoluíram. Até há pouco tempo utilizávamos dinheiro ou cheques para pagar nossas contas. Hoje é só digitar uma senha na maquininha e pronto. E como todas as transações que mexem com dinheiro, esse tipo de transação também é arriscada, tendo como exemplo a clonagem de cartões. Com isso, para evitar transtornos, os agentes bancários buscam sistemas de seguranças para seus clientes. É claro que vamos pagar por eles.

Mas, dentre os serviços que são disponibilizados nesse mercado, o que mais acho interessante é aquele que envia uma mensagem para os nossos celulares, indicando que a transação financeira foi efetuada. Costumo chamar esse tipo de serviço de “dedo-duro”. Principalmente quando a conta bancária é conjunta ou com cartão de crédito compartilhado. Pense bem! Todas as vezes que passamos o cartão, uma mensagem chega ao celular, que pode ser o nosso, mas também da outra pessoa, com quem compartilhamos a conta – e normalmente é o marido, companheiro, etc. Aí é que mora o perigo. Para nós, mulheres, que algumas vezes (!) consumimos mais que o normal e, velha tática, esperamos o momento certo para comunicar ao companheiro sobre as contas, tudo com jeitinho, e aí... somos deduradas ainda na loja. É muito chato!

Mas algumas mulheres estão dando um jeitinho nisso. É só não passar o cartão muitas vezes em um dia. Certa vez, uma senhora em um salão informou ao seu cabeleireiro que iria pagar somente no dia seguinte, pois havia passado no supermercado, na farmácia, pagado algumas contas, com isso o celular do seu marido tinha apitado demais naquele dia. Se desse mais um apito ele iria surtar. A risada foi total no salão! E todas as mulheres ali presentes gostaram da ideia, inclusive eu!

Outro apelido que cairia bem é o “GPS rastreador”! Ele sempre irá informar onde você está, por onde passou. Vai dar toda a dica. Certa vez, uma amiga me contou que seu marido aprontou uma para ela quando contratou esse serviço. Estava ela em uma loja, comprando um par de sapatos (sempre sapatos!), quando seu marido, que resolveu brincar com ela, ligou perguntando o que estava fazendo naquela loja. Assustada, ela começou a procurá-lo, então ele começou a relatar todos os lugares onde ela havia passado naquele dia. Supermercado, salão de beleza, etc. Quando já estava acreditando que seu marido tinha colocado um detetive para vigiá-la, ele entregou o serviço. Dedo-duro!

Um amigo disse uma vez que, com esse serviço, jamais se perde da esposa em um shopping. Que consegue encontrá-la sem ligar para dela. Outro dia, uma vendedora me falou que uma senhora tinha acabado de passar o cartão quando seu marido ligou e pediu que ela levasse para ele um produto de exclusividade da loja.

Ai que saudades da privacidade de outrora na minha vida!!!

Nice Bacchini
Enviado por Nice Bacchini em 03/12/2012
Código do texto: T4017455
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