EDUCAÇÃO

Atualmente a educação no Brasil tem melhorado em alguns pontos, mas com toda certeza tem que melhorar na maioria deles. Os poucos pontos positivos podemos elencar: Novas escolas sendo construídas pelos governos estaduais; a distribuição gratuita de livros didáticos pelo governo federal também é algo positivo, todavia não é o bastante para que o Brasil saia da triste posição de penúltimo lugar no ranking mundial na pesquisa sobre educação realizada em 40 países encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países. Vários fatores contribuem para que a educação em nosso país esteja tão empobrecida, o qual pode citar em primeiro como fator primordial: A falta de interesse do poder público em fazer investimentos significativos em todas as áreas que envolvem o processo educacional. Em segundo lugar citamos a "corrupção" que leva grande porcentagem dos recursos. A falta de valorização dos professores e de todos os funcionários que trabalham na área também faz com que estes profissionais trabalhem desmotivados, não somente valorização no sentido salarial, mas também no sentido de promoção, como oferecimento de cursos de aprimoramento, também valorização humana no que tange ao convívio dos professores dentro da escola onde a grande maioria dos diretores que são “eleitos” e “reeleitos” pela comunidade escolar usam de sua autoridade “ditatorial” para fazer descer goela abaixo as regras impostas pelas Secretarias Estaduais de Educação.

Outro fator que influi na decadência do processo educacional é que dentre as várias “regras” impostas pelos Estados é a de “não reprovar” alunos, onde a escola deve dificultar ao máximo a reprovação dos estudantes em suas reuniões de colegiado, isto para que os números de reprovações nos Estados sejam mínimos para que possam contrair empréstimos de bancos privados e públicos nacionais e internacionais.

Não podemos nos esquecer dos reflexos que a falta de valorização salarial dos professores causa na educação, a greve que é um direito constitucional, mas que muitas das vezes quando professores estaduais entram em greve ficam até dois meses tentando negociar com o Governo algo que deveria ser negociado permanentemente: Os cargos e salários dos servidores. Na maioria das vezes os Governos estaduais contratam professores temporários para colocar no lugar dos efetivos para assim pressionar o fim da greve, além de cortar o ponto e o salário mensal. Dois meses sem aula gera um reflexo altamente negativo no contexto educacional do país.

Sabendo que dificilmente serão reprovados, os alunos estão atualmente deixando professores como que de pés e mãos atados, tendo em vista que as tais regras internas não permitem que o aluno problemático seja convidado a se retirar da sala de aula; os professores não são proibidos de dar “nota vermelha” aos alunos fracos, desmotivados e problemáticos, mas são ameaçados, e até mesmo é determinado ao professor que deu muita nota vermelha na classe “A” ou “B” a assinar um termo de responsabilidade, ou seja, estão sendo quase que obrigados pelos diretores e inspetores a assinarem seu atestado de incompetência.

A “autoridade” do professor em sala de aula está reduzida, mas quando ocorrem problemas de disciplina em classe a direção e a supervisão de cada escola culpam o professor pela sua falta de controle da classe, falta de pulso firme, etc. Há uma pressão psicológica imensa e intensa sobre o professor.

Vários servidores da área da educação estão sendo convidados pelos governos a voltarem a estudar para que possam ter um aumento salarial, mas quando se formam veem que foram iludidos e os governos não cumprem o que prometeram.

No que se refere ao ensino superior a história não é muito diferente, a Universidade Federal não está sendo valorizada quanto deveria, tendo em vista que ela é além de formadora de opinião é pesquisadora na busca de novos conhecimentos sejam empíricos ou teóricos e o Governo Federal não investe a percentagem devida às pesquisas. Se não bastassem os hospitais escola estão superlotados com poucos leitos disponíveis, número de profissionais reduzido, os hospitais endividados e professores com salários defasados. Outro fator que banaliza a o ensino no Brasil é a facilidade com que o aluno ingressa no ensino superior através das Universidades privadas, ou seja, o aluno vem de um segundo grau enfraquecido e adentra no ensino superior com limitações.

Estes fatores aqui elencados são apenas a “ponta do ice Berg” que fazem o Brasil estar na 39ª posição no ranking global entre 40 países pesquisados, vamos refletir e quem sabe poderíamos "copiar" o ensino da Finlândia que ficou em primeiríssimo lugar? Parabéns a ela!

MARCIO ZANNOVITCH
Enviado por MARCIO ZANNOVITCH em 13/12/2012
Reeditado em 18/12/2012
Código do texto: T4033595
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