Empoeirização Paulista

Neste momento eu estou adoçando meu café expresso, mas isto é tão irrelevante que nem mesmo o maior dos ignorantes tem interesse em saber. Enfim, ao adoçar o café amargo, reparo através da janela quadrangular a imensidão de pó, poeira, que se espalha pela atmosfera paulista. É obra para cá, para lá, sem piedade! São as casas dos patrões, os escritórios dos donos de negócios, os consultórios dos doutores da saúde, os luxuosos e estrondosos prédios que cuja arquitetura mal cabe em meus olhos. É algo necessário a fazer, construir tudo isso, no entanto, mal sabem, ou até sabem e fingem que não sabem que aquele assunto contemporâneo, a poluição nas megalópoles, irá piorar ainda mais, vai agravar.

A "empoeirização paulista" está cada vez pior, queria mesmo é sentir odor de flores, um uníssono som de pássaros ao raiar do dia, o cheirinho de café nas casas como antigamente. As consequências da "empoeirização paulista" chegará de modo frívolo, conquanto, deveras intenso.

Por sinal eu acabei despejando uma quantidade imensa de adoçante no meu café, o tempo de cronicar fora maior do que de adoçar. Pense.

Nathus
Enviado por Nathus em 19/12/2012
Código do texto: T4043635
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.