Infância Feliz, também há decepções!

Somos insignificantes e só notamos quando o tempo passa e muita coisa boa fica para trás. As brincadeiras, os amigos, as conversas até tarde da noite sentados na calçada, as músicas que hoje fazem lembrar os tempos de criança.

Papai era caminhoneiro e ficava até dois meses viajando, sempre que podia, trazia presentes para nós, lembro bem de quando ele trouxe um caminhãozinho para mim e outro para meu irmão. Pura alegria.

Não esqueço também da Lessie, uma cadelinha da raça pequinesa de cor preta que era a diversão da casa. Tempos depois, foi roubada, nunca mais a vimos.

De repente, meus melhores amigos mudaram, mesmo longe freqüentava a casa deles, mas como o destino é cruel, também mudei, mas para uma fazenda. Pedaço da infância passou a ser apenas lembranças, na fazenda apenas eu, meus pais e meu irmão.

Algum tempo depois, voltamos e sem sucesso tentei recuperar as velhas amizades, muita coisa havia mudado, alguns mudaram de rua, bairro, cidade e outros mudaram de atitudes. O mais dolorido foi voltar e rever velhos e bons amigos à mercê das drogas.

O destino seguiu seu curso e hoje quando olho para trás, aquela infância feliz e cheia de brincadeiras e amigos, bate a saudade e a alegria de ter vivido plenamente meus melhores anos de criança. Hoje, mundo alterado, crianças e jovens jogados nas drogas, morrendo nos imundos becos da vida. Que lembranças da infância terão estas crianças de hoje?

Quantas amizades estão se perdendo no curso de um rio fétido chamado drogas? Hoje, é grande o número de crianças entre 9 e 14 anos no mundo das drogas! As religiões, o estado e a sociedade precisam com urgência abraçar nossas crianças e jovens, tirando-as do mundo das drogas.

Goianésia, 09 de janeiro de 2013.

Aureliano Peixoto
Enviado por Aureliano Peixoto em 09/01/2013
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