José de Abreu e o "rótulo".

O ator José de Abreu assumiu publicamente sua bissexualidade, depois redefiniu como “poli” em seu twitter e isso, como não poderia deixar de ser, ganhou o mundo, está em toda parte.

Eu me relaciono com Pessoas, não com rótulos: gay, homo, hetero, sexualidade, sexualismo, opção sexual, to andando. Se há amor ou tesão, foi. Acho o suprassumo da caretice dividir o mundo entre gays e não gays. Ninguém me ensinou a amar assim. Aprendi a amar na Igreja", Disse, o “Nilo” de Avenida Brasil.

Ninguém pode negar que, ser homo, bi, poli, trans, eunuco, celibatário, é direito de cada um. Geralmente as pessoas mantêm sua vida sexual em privado, não colocam nos jornais suas preferências.

Mas, ao fazer isso, sendo uma personalidade conhecida como é o caso dele, inevitável que haja desdobramentos. Disse que não se relaciona com rótulos, mas, pessoas, dando a entender que, o “rótulo” não vale nada.

Confesso que tinha uma ideia diversa sobre o valor do rótulo. No caso de um alimento, pode conter a procedência, valor calórico, data de fabricação, além de características peculiares do produto. Claro que, a ideia da figura de linguagem é que, sendo “do bem”, tenha a opção sexual que tiver, isso não importa exceto para aqueles que, ele rotulou de caretas. Mas, e se eu for um careta “do bem” e ele estiver me julgando pelo rótulo? Acho que não existem “caretas” do bem.

O aferidor, segundo ele, é “se há tesão”; ora, isso muitas vezes há com pessoas totalmente vetadas a homens de bem, por serem as geratrizes do tesão, mulheres comprometidas. Sem querer rotular ao bravo ator, pois, soou como defensor da promiscuidade.

Para homens de um mínimo de vergonha na cara, há valores maiores que, tesão, o que não parece ser o caso dele.

Quem “divide o mundo entre gays e não gays” são precisamente os gays. Eles fazem questão de expor publicamente sua sexualidade em gigantescas passeatas para patentear seu orgulho; desconheço uma sequer, do orgulho hetero, por exemplo.

Se tais se contentassem em ser gays em privado, não fazendo disso um sindicalismo, um motivo para exigirem direitos que na verdade já estão na constituição, não haveria tanto barulho. Outro dia, esses sindicalistas roxos infiltrados no governo tentaram empurrar o Kit gay, que com pretexto de ser anti-homofóbico, era doutrinador, não passou, claro, nem poderia.

Outra coisa, ele equaciona ... isso que você pensou, com amar. Ora, isso é apenas copular, que a imensa maioria faz sem amor algum. Mas, como ele “aprendeu amar na igreja”, gostaria de saber na qual.

O amor que deveria ser ensinado na igreja é o mesmo que Jesus, ensinou; sem preconceito algum, perdoando a todo pecador que se arrepende, sem poupá-lo da exortação do Mestre: “Vá e não peques mais”.

Como ele disse que está “andando” para a caretice, cá está um “careta” com noções morais diversas, que mesmo respeitando os direitos individuais, está andando para essas “celebridades,”que usam seu renome para propagação do vício, entre uma geração tão carente de bons referenciais.

Tivesse mesmo, frequentado uma igreja séria um dia, e teria ouvido que, mesmo amando a todos, Deus não faz vistas grossas a isso; antes, diz que abomina. Mas, ao levar Deus tão a sério, corro o risco do rótulo de puritano; aliás, esse é o problema básico da humanidade, o rótulo. Deus escreveu em determinado frasco; “Veneno”; e a maioria rasgou o rótulo e colou outro, escrito; “Mel”; não é de estranhar, pois, que lhes pareçam doces, os caminhos da morte.