Alguma coisa que chamamos amor...

É difícil falar de algo que se sente e, mais difícil ainda quando não se quer sentir determinada coisa. Falar de “Amor” é muito complicado, pois cada mil definições teremos mil definições certas ou erradas, depende apenas do ponto de vista que vai ser aplicado para a leitura desta descrição. Platão nos dá uma visão de um amor essencialmente puro, sem paixões, sem interesses sexuais, enfim sem nenhum interesse, além de querer o bem do outro. Drumond nos mostra sinais que nos fariam encontrar o “tal amor”, mas até que ponto estamos prontos para receber a pessoa certa?

Partindo deste principio podemos mensurar que não há apenas a necessidade de encontrarmos a outra pessoa, mas também há a necessidade de nos encontrarmos. Drumond diz que “as loucuras do dia-a-dia podem nos deixar cegos para a melhor coisa da vida: o amor”, entretanto devemos nos precaver contra as insanidades que deixamos armazenadas dentro de nosso consciente e no inconsciente, pois ai estará o perigo de termos outra pessoa ao nosso lado.

Luiz Fernando Veríssimo, caracteriza o amor perfeito através da “Pessoa errada” e, diz que a pessoa certa nem sempre é a certa e, se seguirmos a máxima “que os opostos se atraem” ele estará redondamente certo. Porém com nossa falta de maturidade nos perdemos em qualquer briga ou discussão, como ele mesmo diz: o melhor da briga não seria a reconciliação? Ou então, não seria melhor viver fazendo sexo com a pessoa que ama por um erro do que deixar a pessoa que se ama por não aceitar determinado erro? Sabemos que todos temos nossos limites, todavia todo limite pode ser o inicio para o recomeço.

No ocidente temos a cultura de que há a necessidade do amor para que haja um casamento, sendo que começamos o matrimônio com todo o fogo possível e conforme os anos passam esta chama vai se apagando. Mas a cultura ocidental, de alguns paises, me chamam a atenção. Muitas das vezes no dia do casamento que os noivos se conhecem e, a partir daí passam a ter a convivência. Sem conhecimento, sem passado, sem nada que os prendam há alguma coisa. Então eles começam a escrever sua história e, conforme os anos se passam eles começam a ascender a chama. Enquanto muitos casamentos no ocidente estão acabando pelo desgaste no oriente eles estão na melhor fase, pois o fogo está em plenas labaredas.

Amor não é sentimento. Amor é atitude, ação, respeito, conhecimento, certeza, enfim amor é a certeza do que somos perto ou longe da pessoa desejada. É a “ certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, ter a convicção que vai continuar sendo louco por ela...”

Ter o amor de alguém é uma graça, amar uma dádiva, então não deixe qualquer coisa te afastar de quem se ama. Faça dos problemas um trampolim uma vida a dois mais saudável e sustentável. “Pois pensando bem nunca teremos a pessoa certa,mas certamente amaremos a PESSOA ERRADA.”