O Estupro da Mulher de Manoel

O estupro é um crime bárbaro. Uma violência tão grande que a mulher nunca mais consegue ser a mesma pessoa. Algumas só conseguem voltar ao convívio social com ajuda de Psicólogos, não raras são as vezes que o uso de medicamento se faz necessário na reabilitação da vitima. E quando a mulher é casada e o marido não entende? Isto foi o que aconteceu em Sem Peixes, cidade do interior de Minas Gerais. Maria de Fátima é mãe de Eliseu de cinco anos e ex-esposa de Manoel Teixeira de quarenta e quatro, trabalha como vendedora em uma loja de calçados e ele é mestre de obras. A vida dos dois até o dia 14 de novembro de 2012 era mil e uma maravilhas, sempre de mãos dadas, beijos para sair e ao chegar de seja lá onde for. Enfim um exemplo de casal. Até a quarta feira da data referida, quando Manoel estava com o carro na oficina e não foi possível buscar a Fátima no trabalho. Às 20 horas de muito movimento ela iniciou a volta para casa, seria uns quatro km de caminhada. Para amenizar a distância conectou o fone de ouvido no celular e clicou as melhores de Phil Collins, passou ao lado do ponto de ônibus, mas não se atreveu a ser mais uma sardinha para aquela lata que chegaria a pouco. Empolgada com o romantismo do ex-vocalista da Banda Gênesis Fátima mudou o trajeto, para encurtar o caminho passou ao lado do Campo do Bode Muquiado. (Segundo o Jornalista Valcir Montezuma do Jornal Sem Peixes News, o nome do campo era Baixa da Vazante até 1985, o ano em que um grupo de fumadores de maconha mataram e assaram um bode ali.) Mas a esposa de Manoel não temia a rua de pouca iluminação, pois tinham moradores acordados de janelas abertas e no seu ouvido tocava One More Night, uma das suas musicas prediletas. Mas um curto talvez de propósito deixou a rua medonha totalmente escura, neste momento Maria de Fátima tirou os sapatos de saltos altos para correr, mas foi interceptada por um sujeito que a levou para um barracão que servia de vestiário para os jogadores. Sem preliminares ou apresentações, foi mandando que ela se despisse e cometeu a violência sexual. Após a conclusão ofereceu um cigarro a ela que não aceitou e foi liberada, mas ameaçada que se saísse correndo ele iria atrás e a mataria. Segurando o choro e as piores emoções Fátima passou primeiro na casa da mãe e contou, queria forças e palavras para dizer ao marido. As duas foram até a casa da sogra para contar o acontecido e pedir orientações de como dizer ao filho que era nervoso e cachaceiro. Em 2011 haviam parado na delegacia depois que ele recebeu um telefonema anônimo dizendo que ela estava saindo com o gerente do posto de gasolina, mas no final se acabou em love. Lá se foi à esposa estuprada com a mãe e a sogra contar ao mestre de obras que estava no botequim da esquina, na mesa já tinha 05 cascos de cerveja e uma porção de dobradinha com pé de porco. Já havia tomado 02 quartos de pinga. Antes de ouvir o que era aquela escolta de mãe e sogra da esposa, criou caso com o atraso, falou das suas, mas quando Fátima balbuciou a palavra abusada, o homem perdeu a cabeça, mas a policia havia sido acionada e fez os procedimentos de praxe. Com intuito de preservar a vitima da tortura psicológica esperou três dias para o interrogatório, plagiando Jorge Aragão “Aí que o barraco desabou”, pois ela nem queria que o marido ouvisse o tal interrogatório, ele só entrou que o delegado pediu, todavia o homem que era só cuidados com a esposa violentada saiu da delegacia com o cartão de um advogado especialista em divorcio. Voz do delegado; “Dona Maria de Fátima Rodrigues da Silva, queira descrever o momento da abordagem e as ameaças sofridas, por favor,”! Fátima olhou para Manoel que segurava sua mão como apoio psicológico e voltou-se ao interlocutor; “Bem na hora que ele me abordou estava escuro, só ouvi aquela voz sussurrando no meu ouvido dizendo que eu morreria se não fizesse o que ele queria, seu hálito era de Listerine tinha acabado de tomar banho, pelo cheiro de sabonete Phebo usava colônia Azarro. Dentro do vestiário do campo ele ficou nu e mandou que eu ficasse também, no braço direito tinha uma tatuagem de um lagarto colorido de azul, verde e vermelho. A virilha era depilada e tinha uma cara de Tigre tatuada. O delegado pede licença para uma pergunta, “Que arma ele portava minha senhora”?” Não sei seu delegado ele dizia que era um revolver, mas eu não vi. Outra coisa, eu produzi uma pista que vai ser fácil chegar naquele bandido, dei uma chupada no pescoço dele que vai demorar uns dias pra sair!