Algumas palavras lançandas no caos...

Hoje estou triste, as lágrimas correm pelo meu rosto e eu não sei. O sushi pulula no meu estômago... momentos nada saudáveis. Eu queria poder me agarrar a uma verdade como uma abelha tem esperança na flor que pousa.

Tudo não passa de meus momentos fúteis, estar só comigo, deixa-me zonzo, as lágrimas me embriagam. E eu quero chorar... chorar.. chorar...

No entanto tenho vergonha.

Eu nada mais sou que um conjunto de duas ou três palavras bonitas, bem colocadas, dispostas harmoniosamente. E as lágrimas não páram,

As pontas dos meus dedos doem, eu lembro tanta coisa de vida e morte, que não sei ao certo o que penso. Tu morrerias pela pessoa amada?

A luz não brilha, estou de cortinas fechadas ao meio-dia, exijo saber. Odeio pessoas mal-educadas, as vezes bater na porta faria um bem! E, no entanto, não há finèsse...

Não sou bom em nada, mas desejo ser bom em ser a mim mesmo, espero respostas que não vem. E relembro doces momentos de infância, os arranhões e as lágrimas de uma época em que eu já me sentia tão só como hoje.

Vivo tentando encontrar um motivo para viver, e continuo vivendo, talvez está seja apenas uma ilusão para prolongar meu sonho, a morte não será jamais martírio e sim libertação.

Eu me sinto livre para morrer como a lágrima que desce de meus olhos e morre em meus lábios.

Eu quero apenas um beijo e um abraço verdadeiro na solidão da eternidade...

Sem posse.

Sem medo.

Pleno de verdade.

Hoje é o dia em que minhas mãos revoltas pegaram o punhal com odio, mas ao mesmo tempo a sombra no espelho sorriu e lembrou-me de que a vida é minha prisão. E tive medo. E tenho medo.

Eu só quero poder sonhar, sem ter de lançar mãos de palavras para vestir minha existência, enquanto minha verdadeira alma habita o mundo incompreensível do coração que eu perdi dentro das páginas do tempo.

Ev
Enviado por Ev em 15/03/2007
Código do texto: T413758