Paixões.

Paixões.

Há pessoas que estão sempre apaixonadas. Religião, relacionamentos, política, trabalho, atiram-se de cabeça.

Já dizia um professor que atirar-se de cabeça, resulta em uma cabeça quebrada. Verdade.

Paixão nos cega. Apaixonados tornamo-nos cegos. Nossos objetivos são claros, mas por outro lado, obscuros. Não visamos realizar nada para alguém que não nós mesmos.

Paixões são efêmeras. Sua duração tanto pode ser de algumas horas, como de muitos anos, mas um dia, qualquer decepção acaba com ela.

Religiosos apaixonados, melindrados por não encontrarem na crença que abraçam a realização de seus objetivos, por ela, sua crença, não se adaptar aos seus anseios, passam a serem apaixonados religiosos de outra doutrina, ou ainda, fundam novas religiões, ou seitas.

Na política também acontece isso. Seguidores apaixonados, pelos mais diversos motivos, trocam a ideologia defendida, por outra, diametralmente oposta, com a mesma paixão de antes.

É difícil acreditar na sinceridade de quem se mostra tão vulnerável em relação a suas escolhas.

Parece-me que uma das únicas paixões perenes, é a dos apaixonados por futebol. Seguem seus times, vençam, ou percam. Campeões, ou não.

Mas, como toda paixão, também tem seu lado negativo. Por intolerância, vemos agressões e brutalidades acontecerem durante competições, que denigrem qualquer torcida.

Não tomem minhas anotações como destinadas a pessoas específicas. Observo o que se passa a meu redor, faço minha autocrítica e exponho minhas conclusões. Isto é, me incluo.

(14/02/2013)