Meia noite e cinco

Eu me acho um homem milimetricamente planejado, mas não consigo me antecipar tanto assim aos fatos. É bastante provável que eu esteja vivo em maio de 2013, mas não posso garantir que não estarei envolvido com um problema de família, ou de amigos, ou com um possível romance, ou com uma dor-de-cotovelo gigantesca (proveniente daquele romance que novamente não deu certo) daquelas que nos jogam na cama e nos fazem bramar feito ursos diante da palavra 'felicidade'. Tudo bem, tudo desculpa esfarrapada, mas a verdade é que não quero deixar nada agendado para maio de 2013, nem para momento algum.

Gosto das surpresas do mundo, na velocidade das mudanças. Isso me faz lembrar nas horas de agonia que sou paciente. Mas quero deixar bem claro que não tenho controle sobre meu destino, ninguém tem. Aprendi a ser otimista o suficiente para acreditar que, chegando mais perto, conspirações cósmicas me ajudarão a adquirir um lugar na platéia, um lugar no coração de alguém. Mas se não conseguir, paciência (sou paciente, lembra?!). Não vou trazer o futuro para tão perto. Me basta o momento de agora. A propósito são 00:05h (meia noite e cinco).