Quando Satanás se manifesta?

Lendo as crônicas de uma realidade insofismável, de fatos que se passam no cotidiano, alguns narrados pelo meu irmão, testemunha de grandes atrocidades, fiquei a indagar então, em que momento manifesta-se a vontade do Satanás.

Estariam os degredados ou segregados da sociedade marcados para sofrer, servindo como cobaia às malfadadas sortes e à mercê das garras do Coisa-ruim?

Ou será que antes de tudo, o Cramunhão se manifesta na sociedade dita privilegiada?

Acho que está aí, em primeiro plano, a origem da desfaçatez, das incredulidades, das descrenças, das maldades, e de tudo aquilo que aprova Lúcifer no Reino dos Horrores, e os faz, tal qual ocorrem os milagres para as coisas boas, como uma testemunha da existência de um outro lado da vida manifestarem-se na vida terrena,.

Sempre o confronto do bom e do mau ou do bem e do mal.

Mas porque Diabos, ou porque meu Deus manifestam-se mais horrores que milagres? Acaso não seria aqui o paraíso? Ou a terra prometida está depois de cruzarmos o fim dos tempos?

Mas então, essas manifestações na forma de crimes bárbaros, assassinatos, latrocínios, e barbáries sem fim, nada mais são do que reflexo da sociedade doentia, esquecida pelos seus organizadores.

E passam-se os anos, entram governos, saem governos, entram modelos, saem modelos, entram regimes, saem regimes, e “la nave vá...” como a Nau dos Insensatos, seguindo na águas turbulentas, soerguendo nas cristas das grandes ondas, descendo velozmente como um último mergulho e sobrevivendo na tempestade, ao sabor dos ventos e das correntes, na esperança de ver uma luzinha na tenebrosa escuridão, como um porto amigo ou um farol a dar sinal de que há ainda salvação...

Assim, nos seios dos providos da messe, classe dominadora cujos pobres os elegem, manifesta-se ardilosamente Satã, para que depois, malévolo, sacie sua sede de atrocidades, vendo os miseráveis gerados pela sociedade se digladiarem e se matarem por migalhas.

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 20/03/2007
Reeditado em 24/03/2007
Código do texto: T418862
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