Ao meu PC

Cheguei em casa.

Na mesa da sala, meu velho Dell me esperava. Fiel escudeiro e guardião de partes do meu ser, me aguardava. Obrigada por sua fidelidade canina. Obrigada por me escutar, permitir que eu o divida em centenas de pastas, que eu o fragmente, que eu o tenha tornado meu confessor, minha pena, meu papel.

Desculpe-me pelas vezes em que não tive paciência, que lhe disse barbaridades, que não o esperei pensar, que o contaminei com alguns vírus, que o esqueci falando sozinho, que o troquei por outra aventura.

É bom ter você!