MEIAS VERDADES...

La miserable vanité des savantes...

Eu escrevo para ser lido, talvez lembrado, talvez um dia esquecido, para alimentar traças e ouvidos com palavras e figuras, e talvez não para ser entendido.

Jamais procure uma verdade aqui, as palavras não são o mundo como ele se apresenta, são coisas lançadas no caos de um universo paralelo.

Eu sou o que escrevo. Tautologia. Sinto, pressinto, mas não registro nada senão significados múltiplos... Dias ao correr da pena.

Eu estou aqui hoje sonhando com um dia, com um subjuntivo possível, com interditos velados... No entanto sonhos e pesadelos se confundem em minhas mãos e eu penso.

Meu nariz tranca, a garganta aperta, olhos respondem. Eu tenho tantos livros e nenhuma oportunidade. Se finges, não digas, que morro, que moro no coração de um outro lugar. Não entendo os góticos motivos que cercam algumas angústias...

Não há um mundo paralelo para mim, quero sempre, quero agora, quero apenas... meu caminho!

Desenho em uma sintaxe desconhecida e obscura idéias em que tudo se torna vexame. Erros bárbaros me cercam... e no entanto eu sorriu, falsamente com os dentes escuso, com as garras escondidas nos bolsos.

E eu canto uma música, onde brigam tenor e soprano, pelas suas notas de glamour e esplendor. Resigno-me com um palco que um dia dancei, em que um dia reinei e hoje neste palco-vida, não sei, mas ainda penso...

"One" day.... Once more "one" day!

Meios caminho se infiltram e me quebram os dedos da mão; destro, nãos ei escrever...

Eu queria que não acreditassem em mim, que me elevassem estas palavras aos céus... minha infalíbilidades se expressa no "eu erro" e choro.. choro.. choro...

A vida é como espelho a refletir meias verdades, meios caminhos, talvez uma grande mentira, talvez não exista caminho. E por isso eu sonho, mas acordado quero dormir e não posso. Há momentos em que não se pode sonhar...

Eu queria tocar lábios sinceros apenas mais uma vez...

E poder sorrir sem me importar em ficção e realidade, sou literatura e tenho uma vontade: morrer!