Alta tensão na Ásia

Nos últimos dias tem ocupado muito espaço nos noticiários o “conflito” no leste asiático, envolvendo Coréia do Norte, Coréia do Sul e Estados Unidos. Ontem, o ditador norte coreano Kim Yong-un ameaçou reativar seus reatores nucleares. Ora ameaça usar armas nucleares, ora, produzi-las.

Sabem até os menos informados que se trata de mera bravata, para obter vantagens internacionais, como, o fim de sanções comerciais, e, até mesmo, aporte de recursos externos para ajudar seu combalido país.

Ora, as sanções existem precisamente por oposição ao seu regime belicista e ditatorial, e ele tenta usar isso para burlá-las?

Indiretamente o que está dizendo é: Ajudem-me, ou, posso fazer mal a vocês. Essa é uma psicopatologia que não é dele apenas; todos os facistóides de bosta como ele, sofrem. Em seus momentos de fraqueza, manipulam incautos insuflando ódio, desviando atenção; o problema nunca está nele, mas no “inimigo”. Aí, usa sua “maior força”, a bravata.

Acho que todos lembram, por ocasião da invasão do Iraque, o frenesi que a imprensa veiculava a medida que as tropas americanas avançavam. “Eles estão na orla dos domínios iraquianos apenas; quando as tropas chegarem ao cinturão X, onde está a guarda de elite de Saddam, o bicho vai pegar, não vai ser fácil.” Isso diziam, vendendo informações compradas de outro bravateiro ditador.

Gostemos dos americanos ou não, achemos legítima ou safada, aquela invasão, o fato é que as tropas Yankes entraram em Bagdá como que vai a feira.

Na Coréia do Norte não seria muito diferente; um ou dos porta-aviões, algum apoio mais, e a casa cairia. Estou defendendo uma invasão americana, pois? Não. Já que a opinião internacional sobre aquele regime não conta e o sujeito se acha um deus, que o ignorem, completamente; deixem-no gabar-se de um poder que não possui, até que os infelizes que o cultuam, comecem a vislumbrar a possibilidade do “ateísmo”.

Caso o doidivanas lançar mesmo mísseis contra a Coréia do Sul, ou, bases americanas, aí, teremos um fato novo, que difere de ser movido por boatos ou bravatas.

Ironicamente, os jornais noticiaram um fato também na Ásia que figura bem o caso do deus em questão; numa cidade chinesa, um bêbado subiu na rede de alta tensão, que teve de ser desligada para salvá-lo; fez algumas peripécias, depois caiu, mas os bombeiros já tinham providenciado um colchão inflável, de modo que foi salvo.

O ditadorzinho também está embriagado com o poder e zombando da morte; se, ele gosta de brincar com “alta tensão” não desliguem a rede nem ponham colchão; deixem-no entregue a si mesmo, para que colha o que tem plantado.

"Chama-se tirano o rei que não conhece outras leis senão os seus caprichos." (Voltaire)