Amores Cotidianos

Hoje em dia é comum ver pessoas se apaixonando e desapaixonando a todo momento, trocam de namorado como trocam de escova de dente. Mal sabem tais pessoas como é emocionante ser entregue a uma paixão verdadeira (fico realmente de luto pelo modo de como essa se extinguiu, praticamente, de todo o mundo). Aquela época onde não havia esses lances de 'duplo sentido', muito menos de 'mão boba', mas sim um destrambelhamento inexplicável ao ver a outra pessoa ou aquela tremedeira incontrolável que dava, ou em sequer pensar em tocar a outra pessoa que se sentia o desagradável "friozinho" na barriga. Poucas são as pessoas da atualidade capazes de sentir algo desse tipo, a maioria quiçá vai saber o que significa. E eu sinto meu coração apertar cada vez que vejo pessoas encontrando 'amores de suas vidas' 5 ou até 6 vezes por ano, fico possessa ao ver a banalização do amor, de ver as pessoas usando umas as outras, de pessoas desistindo no primeiro não e de pessoas que sequer tentam. E falo de relacionamentos porque é mais fácil, mas quem dera que fosse só em namoricos que as coisas vão mal... As pessoas estão perdendo o costume de viver entre pessoas, não basta ignorar, mas tem que humilhar e tratar os outros como lixo; as pessoas estão perdendo o amor pelo que fazem, não lutam para alcançar seus objetivos, seus sonhos, seus amores de infância, mas também pudera, basicamente perderam até seu amor próprio. E quando não há mais amor próprio, não há nenhum tipo de amor que resista.

Aninha Torres
Enviado por Aninha Torres em 30/04/2013
Reeditado em 30/04/2013
Código do texto: T4267497
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