Leitura do Diário

Certo dia ao chegar no trabalho vir o delator, corpo magro, voz aspira e olhos faiscante. Observei meu nobre amigo que engolia as palavras como quem saboreia um cálice de sabor amargo. Observei discreta não queria ouvir a conversa dos dois. Mais vez ou outra as vozes se alteram, e pode ouvir o nome da adolescente, sabia bem de quem falavam.

Eram palavras maldosas que com certeza manchavam a honra da menina. Logo ela que perdera a mãe tão jovem, e via o pai em outra família, como deveria ser solitária a moça.

Passando alguns dias, vi novamente meu amigo, com ato nada nobre. Agitado folheava o diário da filha, em busca de algo que confirmasse o seu delito. Sentir um impulso quase incontrolável. Porém nada fiz.

Lamento, não ter seguindo meu instinto. Deveria sim, ter interferido. Deveria ter colocado o diário da jovem em um envelope e lacrado e para o meu amigo dizer. “ Não faça isso, pois a intimidade da sua filha pertence somente a ela, tenho certeza que metade do que esta escrito são pura fantasias de menina moça , e se ler com certeza olhará para ela com outros olhos. E vocês não precisam passar por isso. Entretanto nada fiz.

Dilene Moreira
Enviado por Dilene Moreira em 27/03/2007
Código do texto: T427379
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