Pedaços da vida

Hoje, bateu aquela saudade dos tempos de criança, quando corríamos pelas ruas do bairro. Saudade dos amigos, das peraltices que fazíamos e das intermináveis conversas até tarde da noite, coisa que hoje não se pode fazer.

Vejo crianças vitimadas pelas drogas, famílias desestruturadas, onde os filhos são quem mandam, então, fico triste em tentar imaginar um futuro para estas crianças, para estes pais que seguramente serão jogados em algum asilo fétido e sem as mínimas seguranças.

Cresci em um bairro muito tranqüilo, todo fim de ano, fazíamos campeonatos em diversas modalidades, dentre elas; vôlei, futebol, peteca e outras mais. Naquela época não existiam computadores (acessíveis é claro), celulares, smartphone, nada de tecnologia. Andar de bicicleta era a maior diversão, o que alias; ter uma bicicleta era um privilégio incrível, principalmente a tão ambicionada BMX que era o ápice do desejo de uma criança.

Como o tempo passa rápido, até mesmo os antigos amigos passam e “não” te conhecem mais, pouquíssimos são aqueles que ainda preservam amizades de infância. As famílias ainda tinham tempo para conversas até tarde, mas hoje não sobra tempo para conversas e brincadeiras, talvez seja pelo simples fato de deixarem coisas frívolas tomarem conta de nossas vidas e assim ignoramos o melhor da vida que é o bem comum de uma comunidade, seja ela a cidade, o bairro e até mesmo a própria família.

Goianésia, 08 de maio de 2013.

Aureliano Peixoto
Enviado por Aureliano Peixoto em 08/05/2013
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