NÃO DEVE HAVER BOLSA LETRAS, MAS...


No texto anterior: NÃO DEVE HAVER BOLSA LETRAS... de forma irônica, me posicionei contra, considerando que em nosso país se vive de modismo em modismo e, se isso viesse a acontecer, seria drástico pra a arte de escrever, porque pessoas iriam (forçadas pelas circunstancias), forçarem a barra pra compor textos e, isso não melhora uma arte, mas atrapalha a criatividade...

Disse que, considerando o contexto social, e também considerando o fato que ler ou escrever, seja uma espécie de trabalho mental, tão desgastante quanto o que é chamado de braçal, informamos a quem interessar possa que esperamos jamais ter bolsa letras, bolsa livros ou coisa parecida... Isso faria com que ler ou escrever passe a ser uma espécie de obrigação monetária e assim, adeus arte porque facilmente a pessoa seria dominada por coisas como politicagem, interesses de quem patrocina, etc... Por exemplo: Ao descrever um cenário, primeiro a pessoa teria que saber o que pode dizer (ou não), porque pode ser que o patrocinador se sinta contrariado diante de certas expressões...

Como disse no texto anterior (a que fiz referência), considerando, ainda, o fato que existe lobby pra tudo, não duvido que hajam alguns estafetas de plantão, querendo lutar por isso (o bolsa letras)... Como nesse país tudo é possível, já temos até ex–presidente metido a escritor e outros a doutor alguma coisa... Tenho vontades de rir, mas o camarada governa com a educação em baixa e, depois alguma universidade lhe confere algum título (pra dar status)... Depois dizem que nordestino pobre diz (ou escreve) tolices... Aproveito a oportunidade pra dizer que apesar de ser nordestino e pobre, ainda acho que esse negócio de status social é coisa pra gringo...


Como se pode ver, não seria nada bom, pra cultura ou liberdade de expressão, que houvesse uma espécie de bolsa letras... Por isso, mesmo parecendo insensível aos programas sociais do governo (ou seria desgoverno) sou contra esse negócio de bolsas... E, não apenas bolsas, mas qualquer tipo de benesses feita com o dinheiro dos impostos...

Precisamos de governantes que ensinem o povo a pescar e, não de governantes que dão o peixe pronto, como acontece (muito comum em nossa época)...

E, sou contra por uma questão simples: Os distribuidores de bolsas e benesses comemoram que acabaram com a miséria e acho que apenas em duas ou três gerações fica evidente o sinal... No momento, uma análise acurada demonstrará que aparentemente a miséria estaria menor e, a vagabundagem e o comodismo aumentaram...

Certamente, a maioria do povo com direito a bolsas, evita vínculos empregatícios porque se tem o dinheiro do cigarro e da pinga, não compensa trabalhar o mês inteiro (com vínculo empregatício pra não ter direito a benesses e ainda ter um patrão pra fiscalizar se a pessoa cumpre mesmo com suas obrigações...


Em meu achômetro, vale a pena pensar de fo0rma racional sobre como será o futuro se o governo (ou seria desgoverno) não acabar com a ciranda das bolsas...

Acho que deve ter algum benefício social, com as devidas limitações, e redobrados estímulos coerentes que compensem a vontade de trabalhar – porque atualmente é grande o estímulo ao banditismo e ao comodismo, sem falar no conformismo em nome de uma pseudo democracia – o governo (ou seria desgoverno) encontrou um meio de se aliar (ou seria atrelar) aos opositores, que em troca de apoio político não fazem papel de oposicionistas – É assim que temos certos ministros ou ocupantes de cargos públicos que quando eram do outro lado (no governo de oposição) à esquerda, eram criticados com razão, pois já eram do time do vale tudo por dinheiro...

ASSIM, sou contra a esse negócio de bolsas, mas em nosso país, tudo é possível, e como dizia o personagem nezinho do jegue: DANOU–SE!!!
Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 11/05/2013
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