Recarregando as baterias

Então eu fui. Lá estava eu aproveitando a madrugada e voando para o Norte, isto mesmo, Norte com “N” maiúsculo. Um lugar ainda desconhecido para muitos brasileiros (azar o deles, rss ..). Voei pra Belém do Pará, uma viajem meteórica, mas tinha a certeza de que seria intensa, e foi. O casamento de minha sobrinha foi simples e mágico, com direito a chuva na chegada da noiva e na saída para o salão de recepção, Belém é assim desde que eu nasci: linda, cheirosa e molhada (rss..). O dia seguinte foi pouco pra correr o Ver-o-Peso, fazer aquelas comprinhas básicas e encher o isopor (quer reconhecer um paraense no aeroporto? Olha quem está esperando um isopor na esteira de bagagem). Depois de tantas comprinhas ainda de ressaca do casamento tomei o açaí dos justos com gelo e farinha de tapioca. Fiquei hospedada na casa de minha linda cunhada/irmã Izaura e não é que o meu amigo Ambrósio Henrique mora na mesma rua? Eita! Surpresa boa, corri para buscar meu abraço desse poeta querido aqui do Recanto, eu o conheci há quatro anos atrás quando estive em Belém pela última vez. Foi uma alegria só, ele e sua doce Carmita estavam me esperando com os braços abertos, conversamos, rimos e ainda ganhei biscoitinhos de castanha do Pará. Obrigada amigo querido, você sempre tem uma palavra carinhosa pra me oferecer, já estou com saudades. Eu não poderia deixar de dar um mergulho no Paraíso, uma praia das muitas praias da Ilha de Mosqueiro (50 km de Belém), lugar onde minha infância passou as férias. Depois de muitas cerpinhas (CERPA – Cerveja do Pará) voltei pra Belém, eu não estava dirigindo mesmo. Acreditem se quiser, no dia seguinte fui fazer pão de queijo na casa de meu tio pra galera, aprendi aqui em Unaí-MG, agora sou famosa em Belém por meu pão de queijo. Uai sô! Muita festa, troquei o pão de queijo por pupunha com café e doce de cupuaçu. Enfim, encontrei amigos que não via a séculos, como meu primeiro professor de violão, Almir, querido amigo. Chorei muito, mas de felicidade, de alegria, de emoção. Era como se eu estivesse fora do planeta por muito tempo, foi tudo tão mágico, intenso, cada sorriso, cada aperto de mão, cada olhar. Terça-feira lá estava eu de volta, no aeroporto JK,em Brasília, tomando meu café da manhã esperando meu próximo “Voo” para Unaí, estava sozinha e pensando em escrever esta crônica, afinal, sou o que minhas letras querem que eu seja.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 15/05/2013
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