Crônica  d
e: Silvino Potêncio (*)   Um  olhar sobre a Mãe Àfrica!...>>
 
"Um Olhar sobre a Mãe África do Século Vin-te... buscar para irmos para o meio do nada!... que é o futuro de tantos Filhos dela", nos mostra a África dos dias de hoje cuja história nem a história se mostra ao POVO AFRICANO.  
Consta na memória de muitos historiadores do movimento de submissão de homens, por outros homens, (ou seja; o movimento esclavagista da humanidade) que; depois que um ser humano se torna escravo, seja forçado ou voluntário, ele ainda assim!... sempre busca revidar às ofensas sofridas, na medida das suas possibilidades físicas e mentais.
Assim sendo, uma das poucas saídas para extravasar a raiva, a angústia, a impotência, a resignação aos caprichos dos seus "amos" e ... tantas vezes!, às sevícias dos seus respectivos donos, o homem escravo ele manifesta a sua criatividade interna para melhor sobreviver... ele distorce o sentido da vida, afim de poder sonhar um dia estar do outro lado do chicote que o açoita, do outro lado da mesa que o alimenta, sendo ele porém o braço alimentador.  
Contudo... o que é escravizar outrém?...
Será impor uma vontade para satisfazer as suas próprias vontades?
Será fazer milhões de seres pobres e tornar apenas uns escolhidos para a mesa da fartura!? ...
Será eternizar idéias impostas pela força do poder da riqueza!?...
- qual riqueza?!...
- qual ostentação?!...
- qual ideologia?!...
Será a fundação de um qualquer outro  Partidarismo carismático?!... Organização social?!...
que sociedade ou sociedades existem ali!?...
A de homens ou animais?!...
A de figuras humanas ou simplesmente indígenas?!...
Vemos e resvalamos ali para a indigência da modernidade, ou para a alienação dos valores patrióticos?...
Povos anexados, incorporados, colonizados, amestrados, tornados autônomos... sem preparo adequado para as novas colectividades, contra-vontade se revoltam!... e quando o homem se revolta ele perde a noção do decoro comunitário!...
Ele mata, rouba, destrói, se enraivece!!!... e se esfumaça na imensidão da raiva de impotência de não chegar ao fim desejado, tantas vezes apenas sonhado, amordaçado!
 
Nós poetas deste mundo globalizado, indiferentemente de credo ou raça, de cor ou condição social, de abastança ou míngua de recursos, temos o dever de a tudo atinar e procurar socorrer!... de explicar, para amenizar!
Cantar para apaziguar... tranqüilizar para sorrir!... divulgar para cultivar e registrar para não deixar o sofrimento se diluir na poeira do tempo que passa... e nunca pára!
---Desde uns anos a esta parte, nós temos escolhido um estilo literário próprio, seja em poesia seja na prosa,...
Um estereótipo baseado na divergência lingüística que o fonema nos proporciona, na irreverência da história do nosso dia-a-dia,... e aqui e ali, nós colocamos a nossa ironia de um destino pelo qual já passámos e nunca revelamos o seu final!...
Isto porque o segredo faz parte da esperança de um dia vir a ser melhor que o outro.
Durante 10 anos, quiçás os melhores da nossa juventude tão efêmera,  agora que a podemos rever após tantos anos, nós a vivemos de perto lá!!!!...
Foi lá no interior da savana, na beira do rio selvagem, no meio da mata... que, ao cair da noite, cada nova Lua que nos traz a escuridão da sua ausência, e a de um sol-rei que a todos distribui por igual a sua benção!... Foi lá que despertamos para a realidade das coisas mais terrenas.
E... ali...na imensidão da noite Africana, sente-se mais de perto a riqueza das origens!...
Dos muitos Povos e Países que o continente abriga no seu berço, escolhemos os de Angola, e o fazemos com base não só na nossa própria vivência, mas também e principalmente pelo facto simples de jamais termos participado de qualquer publicação nesse território, e... também porque ainda não vimos aqui, na nossa imensa colectividade, Movimiento Poetas Del Mundo... excelentemente conduzida pelo Dilecto Amigo Poeta Luis Arias Manzo, nomes da literatura ou da poesia Angolana?!... embora saibamos que lá existem!...
---Lá como cá, ou em qualquer lugar do planeta onde se respire uma Alma com sonho de liberdade, se faz poesia!...  Se faz o amanhã indefinido mas real. – Incerto mas irreversível... instável mas necessário, arriscado mas não aventureiro!
E lá se fizeram tantas coisas para empobrecer os seus naturais, que a natureza lhes cobra a cada nova estação, impostos de uma riqueza inacabável que lhes é pertença indivisível no seu bojo...o Amor à Terra Mãe!  
De lá se extraem milhões de riquezas materiais há séculos!... Todavia... pouco ou nada se lhes leva além da cultura estranha, vinda de outras regiões do globo, porque,  maior riqueza da Mãe África ela é incomensurável porque é eterna!... o Amor de Mãe que se renova a cada nova geração de mais um ser humano ou de milhões!...
Convidados que fomos recentemente para escrever em páginas de Angola, ou a ela relacionadas, aqui deixamos um poema singelo da nossa produção, feito “in loco” há mais de 40 anos atrás...
Numa linguagem moderna, a crônica ESCRITA é como “Red Bull” (publicidade à parte...) ela te dá asas!!! e nós acrescentamos nela os nossos pensamentos do momento contemporâneo: --- iiii aatãon lá bai:
***** << O BICHO DO MATO!...>>
(Texto Original de: S.S. Potêncio)
Durante uma entrevista recente, o Escritor Luis Fernando Veríssimo, nos descrevia algo que sentimos toda a vez que começamos um novo texto na forma de crônica, onde... na maioria das vezes, o autor se concentra num determinado tema, que pode ser uma simples piada de salão (tem adeptos de todo o tipo de salão, ou sejam; sala grande, sala pequena, sala de baile, sala de visitas, o “saloon” do velho Oeste...e até mesmo uma sala de simples e singelas libélulas a´ beira do limbo e extremamente afastadas da virtude ingénua e solteira, jamais manchada pelo calor do contacto corporal antónimo da sua feminilidade)... ou pode se transformar num terrível tema de discussão inacabável por falta de bom senso, de autentica personalidade criativa, de mente sabedora de tudo e todos... um verdadeiro ninho de marimbondos, onde quem não sabe cutucar deve ficar de longe!
No niilismo de um Franz Kafka encontramos muitas raízes para esta explicação porém... nós!, meros mortais...escribas avulso, das veredas deste caminhar “luz & tano” além portas do "Recto Ângulo" Ibérico, preferimos o linguajar popular... a conversa coloquial, que... no Brasil, o termo coloquial aqui é azedo... é motivo de azedume, de desconforto intelectual, ... pode até se tornar motivo de briga de "foi-se & martelo" sem ser comunista, ou coisa que o valha, mas... dizíamos nós que, temos preferência pelo estilo cronista por vários motivos; um deles é que não há obrigação alguma de obedecer a regras, nem a preconceitos!...muito menos a preceitos de qualquer natureza.  
Na prosa e na crônica solta-se a imaginação!, e a escrita flui!... flui ao ritmo do pensamento, e apenas exterioriza o que vai na alma do seu criador.
É absolutamente diferente da escrita em forma de verso onde o poema, na maioria das vezes obedece à rima, ao ritmo do sentimento, ao ardor da sensação de perda ou ganho, ao resquício de lembrança que nos fica... muito tempo  depois de passarmos a barreira do nada que é o vazio da Alma de quem já não existe.
Porém isto não significa que,  vez por outra, o sentimento lírico nos invade e nele também extravasamos parte da nossa idiossincrasia natural... 
 Na crônica, tal como no "jogo do bicho" tão popular para o Povão Brasileiro, porém execrado para alguns puritanos da sociedade Lusófona, vale o que está escrito!...
-  Começa-se a escrever um determinado parágrafo e termina-se com um conto, uma pequena história, uma simples reportagem de factos acontecidos ou vivenciados sem compromisso com a ficção nem com o episódio estanque, isolado, irrevogável do acontecido tal e qual como imaginado... até mesmo num poema extemporâneo!
​Por hoje fico por aqui.
Forte Abraçoooo! ... e Bem hajam pela leitura!  

 

 
 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 16/05/2013
Reeditado em 07/06/2016
Código do texto: T4293905
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